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Coluna Momento de Reflexão – Iminência do Eminente

Imagino a proximidade do fim. Aqui, falo sobre a viagem derradeira; e o comportamento das pessoas que veem a nova iminência do Eminente. Quer se queira ou não, o Deus meu é passível de ser o mesmo teu, e o mesmo do ateu. Quer se creia ou não, o Eminente estacionado em mim, vagueia sim, na ilusão da questão sem fim; minha, tua e de todos; aqui ou acolá, num ou noutro instante, em todo momento, ser, ou lugar. A morte chega; tudo tem seu desfecho; mistério maior da vida; ou, não mais vida; ou, iminência da verdadeira valiosa vida.

Interrogo, e, no mesmo momento, fecho a questão que nenhum temente e crente em Deus tomaria remédio para deixar de sê-lo (se existisse essa alternativa); muitos ateus, entretanto, ingressariam nesse tratamento, de adquirir fé, se assim pudessem fazê-lo (imagine que exista um comprimido que traga o dogma da fé) – provável, ou possivelmente, o querer seja a premissa desse obter! Como se sentem as pessoas que estão próximas do seu fim? Ou quando veem o fim, no próximo, que está centrado na força do seu afeto? Nenhum de nós é eterno (pelo menos enquanto por aqui estivermos). Talvez, se eternize a eternidade na saudade, na lembrança viva, nas reminiscências, no exemplo, no semeio do amor, na essência do ser, no semelhante certo ou errante, na perda ou estrago, no bem espalhado, no ente que lembramos com afinco, afeto e afago.

A morte e outras coisas mais, em vão, igualam os seres; os saberes, talvez não. Aos entrantes na fila final, pergunto: o que sentem pela iminência do Eminente, a proximidade da morte, a volta, o que está por vir, pelo corte do inexistir? O Eclesiastes (12, 1) diz: “lembra-te do teu Criador, nos dias da tua juventude, antes que venha o tempo da aflição, e cheguem os anos, de que tu dirás: esta idade não me agrada”. Que se faça o que tem que ser feito; ainda que demoremos um pouco para entender. Que se diga o que tem que ser dito, mesmo que o freio do egocentrismo nos estacione no silêncio filtrante de nosso ser. Morte – paradoxalmente, a certeza mais certa da vida. Vida – inexoravelmente, um caminho para a iminência do Eminente: o Deus, que habita em todos nós. Que estejamos infiltrados no mistério do nosso existir, fazendo nossa preciosa parte, na semente, primícia ou propósito de nosso bem servir. Realizemos no ciclo da realidade de grandioso valor, sublimes gestos e expressões de amor.

 

 

 

A coluna Momento de Reflexão é publicada aos sábados com a assinatura do Dr. Russen Moreira Conrado, Cirurgião Plástico e psicoterapeuta, CRM: 5255-CE – RQE Nº: 1777 – RQE Nº: 1811

 

 

 

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