fbpx

O Instituto Pasteur de Paris

Fundado por um decreto de 4/06/1887 e inaugurado em 14/11/1888, o Instituto Pasteur (IP) é uma fundação privada, sem fins lucrativos, de utilidade pública, como preconizou Louis Pasteur (1822-1895), seu fundador.

Foi graças ao sucesso de uma assinatura internacional, para permitir a Pasteur estender a vacinação contra a raiva, desenvolver o estudo das doenças infecciosas e transmitir seus conhecimentos, que o Instituto Pasteur tornou-se realidade.

Um ano após sua inauguração, Emile Roux (1853-1933), médico francês, bacteriologista e imunologista, um dos principais colaboradores de Pasteur, abriu o primeiro curso de microbiologia ministrado no mundo, intitulado “Curso técnico em microbiologia”. Estudantes de toda Europa participaram do curso para acompanhar as aulas teóricas e práticas desta nova ciência.

Em Paris, no número 25 da Rua Dr. Roux, queda imponente o Instituto Pasteur há mais de um século. Mantendo uma posição de vanguarda na pesquisa científica de doenças infecciosas, que permitiram o controle de doenças como:  difteria, tétano, tuberculose, poliomielite, gripe, febre amarela e outras, foi também a primeira instituição a isolar em 1983, o HIV, virus causador da AIDS.

Oito cientistas do Instituto já foram agraciados com o Prêmio Nobel de fisiologia ou Medicina. A saber: Alphonse Laveran (1907);  Ilya Ilyich Mechnikov (1908); Jules Bordet (1919); Charles Nicolle (1928); Daniel Bovet (1957); François Jacob, Jacques Monod e André Lwoff ( 1965) e Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi 2008).

Transcrevo, abaixo, um trecho da famosa “Carta de Paris”, feita pelo Professor Rosemberg ao Dr. Tarantino, em 18 de junho de 1988.

“Por dever de ofício, Tarantino e eu, iremos a rue Doutor Roux número 25, visitar o Instituto Pasteur. Claro nem pensamos em ver toda aquela imensidão. Vamos apenas saber em que pé estão, neste momento, as revolucionárias pesquisas da biologia molecular na tuberculose: sondas de ADN para rápida detecção de antígenos e anticorpos de todas as espécies de micobactérias, possibilitando sua rápida identificação e diagnóstico sorológico específico. Antígenos clonados para estimulação específica de resposta dos linfócitos T com próximas perspectivas de imunização específica contra o M. tuberculosis e M. atípicas, com emprego de antígeno produzido em quantidade por meio da recombinação do ADN. Certamente valerá a pena gastarmos uma manhã nisso que parece “science-fiction”.

Terminemos a visita pelo lado emotivo. Vejamos a cepa original da BCG mantida viva até hoje. Entremos na cripta onde dorme Pasteur cercado das virtudes cardeais, Fé, Esperança, Caridade, às quais adicionaram uma quarta, a Sciencia. Visitemos o pequeno apartamento, onde por caridade, viveu a viúva de Calmette. Este não deixou nada; até seu livro “L’Infection Bacillaire de la Tuberculose” que foi bíblia durante meio século, nada rendeu. Repito, vender postais eróticos dá mais dinheiro.”

 

dra. ana

 

 

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg, médica CRM 1782-CE, historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

Assine a nossa NewsLetter para receber conteúdos e as versões digitais do Jornal do Médico em formato de Revista, E-Book, além de informes sobre ações e eventos da nossa plataforma: https://bit.ly/3araYaa

Este post já foi lido819 times!

Compartilhe esse conteúdo:

WhatsApp
Telegram
Facebook

You must be logged in to post a comment Login

Acesse GRATUITO nossas revistas

Send this to a friend