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Basílica de Saint-Denis

A Basílica de Saint-Denis é uma igreja de estilo gótico localizada no centro da cidade de Saint-Denis, no departamento francês de Seine-Saint-Denis, na região de Île-de-France.

Situada a cinco quilômetros ao norte de Paris, foi, originalmente, fundada como abadia. Em 1144, o monge Suger, o Pai da Catedral Gótica e o Pai da Monarquia Francesa, transformou a abadia na primeira catedral gótica da França. Em 1966, passou a ser a catedral da diocese de Saint-Denis.

Reza a lenda que Denis foi martirizado no local da atual igreja. Um relato do início do século VI, conta que uma cristã chamada Catulla teria enterrado seu corpo em um campo pertencente a ela. Após o Édito de Milão, foi erguido um mausoléu que se tornou objeto de um culto ao santo.

Jacques de Voragine escreveu uma coletânea de narrativas hagiográficas, que foram reunidas, em 1260, pelo dominicano Tiago Voragine, com o nome de: “A Lenda Dourada”. Uma delas popularizou o mito do cefalóforo de Saint-Denis, quando ele teria caminhado com a cabeça entre as mãos até o lugar onde queria ser enterrado.  É difícil para a pesquisa atual separar a verdade histórica das tradições lendárias.

Saint-Denis tornou-se a necrópole dos reis e rainhas da França. A partir do século VII, quase todos os reis e rainhas foram sepultados ali. Durante a Revolução Francesa, além do rei Louis XVI e Maria Antonieta, literalmente perderem suas cabeças, as estátuas dos reis que decoravam a fachada da basílica foram decapitadas. Os revolucionários violaram as tumbas e jogaram seus despojos em fosso de cal e usaram a basílica para armazenar grãos. Posteriormente, Napoleão Bonaparte a restaurou.

Abaixo, transcrevo um trecho da famosa carta de Paris, que o Professor Rosemberg fez ao amigo Dr. Tarantino em 1988.

“Para não quebrar o encanto vamos direto a Igreja de St. Denis (séc. X). Aqui neste matagal de túmulos góticos estão os reis da França, as Rainhas e os Infantes. Com a renascença esses monumentos se tornaram mais suntuosos. Catarina de Médicis, que morreu 30 anos após Henrique II, teve muito tempo para erigir suntuoso mausoléu para seu marido. Quando se viu esculpida como morta (como mandava a tradição) ela que deixava apodrecer seus desafetos no Caveau des Oubliettes, era muito sensível, e horrorizada, desmaiou. Os nobres que ali estavam, todos raquíticos, não tiveram forças para levantá-la. Chamaram os escudeiros para essa tarefa. Aventou-se, porém, que isso configuraria crime de lesa-majestade, pois o augusto corpo real não podia ser tocado por mãos plebéias. Então não houve outro remédio senão deixá-la caída sobre a laje fria à espera de que ela abrisse os olhos”.

 

dra. ana

 

 

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg, médica CRM 1782-CE, historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

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