No Antigo Egito, Merit Ptah (2700 a.C), descrita como “médica-chefe”, poderia ser a primeira mulher médica na história da ciência, mas sua existência real é questionada. Em 2019, um estudo publicado no Journal of the History of Medicine and Allied Sciences, conduzido pelo historiador Jakub Kwiecinsk, da Universidade do Colorado, USA, concluiu que ela nunca existiu.
Tendo existido ou não, a verdade é que ela já foi consagrada. Há poucos anos, astrônomos da “International Astronomical Union (IAU)” batizaram uma cratera no planeta Vênus com o nome de Merit Ptah.
Por outro lado, Peseshet, que viveu sob a 4ª Dinastia, é citada como a primeira mulher médica da história. As informações sobre ela foram reveladas durante uma escavação em Gizé, ao norte do Vale dos Reis.
O egiptólogo egípcio Selim Hassan (1887-1961) descobriu durante a referida escavação de Gizé, uma estela do Reino Antigo representando uma mulher com a seguinte legenda: Peseshet, Supervisora das Doutoras. Na tumba de Akhethetep, filho de Peseshet, ela foi mencionada como “Supervisora das Mulheres Curandeiras”.
Selim Hassan publicou, em 1930, o resultado de suas descobertas, nas quais estimou em (2.700 a.C.) a data em que Peseshet viveu. Ela também era diretora das sacerdotisas e, como tal, tinha que cuidar das mulheres da corte e da família do faraó, treinar parteiras e cuidar dos funerais de altos dignitários.
Não há dúvidas sobre a existência de Peseshet e que havia na época um corpo profissional oficial de médicas do qual Peseshet era a diretora. Pelo exposto, Peseshet é a detentora do título de primeira médica do mundo.
Autora: Dra. Ana Margarida Arruda
Rosemberg, médica CRM 1782-CE,
historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina
e Conselheira do Jornal do Médico.
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