fbpx

A Sinagoga do Marais, Paris

A Sinagoga do Marais, conhecida como Sinagoga da rue Pavée, está localizada, em Paris, no número 10 da rue Pavée, no coração da judiaria do Marais, no 4º arrondissement.

O edifício foi concluído em 1913, pelo arquiteto Hector Guimard (1867-1942), o mestre parisiense de Art Nouveau, para uma associação de nove sociedades judaicas ortodoxas de origem essencialmente russa, presidida por Joseph Landau.

A sinagoga, inteiramente financiada por fundos privados, foi inaugurada em 7 de junho de 1914, mas já estava em serviço desde outubro de 1913.

Guimard construiu o edifício muito alto em uma faixa de terra inclinada e muito estreita (5 m × 23 m). A construção foi feita de pedras aglomeradas ocas sobre armações de concreto armado. Na fachada, a verticalidade é acentuada por janelas estreitas e pilastras contínuas. O volume interior também é totalmente vertical. Possui dois pavimentos de mezaninos de cada lado do vão central.

A nave é iluminada por claraboias no teto e uma grande janela de sacada na parede do fundo. Os móveis (lâmpadas, lustres, arandelas e bancos), bem como a decoração vegetalista estilizada no cajado e as grades de ferro fundido também são criações de Hector Guimard.

Originalmente, não havia “Estrela de Davi” na fachada, como pode ser visto nas fotos antigas. A “Estrela de David” data do pós-guerra.

Esta sinagoga ainda está em funcionamento. É uma das sinagogas ortodoxas não-consistoriais. Não é possível visitá-la em tempos normais, mas apenas em ocasiões especiais como as “Jornadas do Patrimônio Europeu”.

Transcrevo, abaixo, um trecho da famosa “Carta de Paris”, feita pelo Professor Rosemberg ao Dr. Tarantino, em 18 de junho de 1988, em que ele fala da Sinagoga.

À tarde preparemos as forças para caminhar pelos quarteirões de Paris mais históricos, todos datando de 1300 a 1700, havendo vestígios dos séculos anteriores. Chegamos, pois, no Marais. Homenageando meus antepassados, comecemos pelos quarteirões judeus. Aquela sinagoga é mais velha que o Brasil. O frontispício está escorado por enormes estacas que ali estão a decênios para mais comover os visitantes que logo são solicitados a contribuir para a restauração do Templo.

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda
Rosemberg, médica CRM 1782-CE,
historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina
e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

 

 

Assine a nossa NewsLetter para receber conteúdos e informes sobre ações, eventos e parcerias da nossa marca: https://bit.ly/3araYaa

Este post já foi lido2391 times!

Compartilhe esse conteúdo:

WhatsApp
Telegram
Facebook

You must be logged in to post a comment Login

Acesse GRATUITO nossas revistas

Send this to a friend