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Hermafrodito

Reza a mitologia grega que Hermafrodito, fruto do romance adúltero entre Hermes, deus mensageiro, e Afrodite, deusa do amor, herdou, além da beleza de sua mãe, a fusão dos nomes de seus pais.

Criado no monte Ida (Troade) pelas ninfas das florestas de Frígia, tornou-se um jovem de uma beleza exuberante. Com 15 anos, partiu para descobrir o mundo e seus passos levaram-no à Ásia Menor.

Descrição: Hermaphrodite endormi – Hermafrodito dormindo , Século II d.C.

Cópia da escultura grega atribuída a Polyclès (c. 150 a.C.). Louvre-Paris

 

Um dia, quando estava em Caria, descobriu uma bela fonte perto de Halicarnasso e resolveu banha-se. A ninfa Salmacis, a náiade da fonte, apaixonou-se por ele. Sem conter sua louca paixão, ela o abraçou, mas foi rejeitada.  Inconsolada, Salmacis implorou a Zeus que unisse seus corpos para sempre. Seu desejo foi atendido e os dois se tornam um único ser, bissexual, masculino e feminino, dotado de ambos os sexos.

O mito de hermafrodito retrata a experiência de sermos, ao mesmo tempo, masculino e feminino, inteiros e completos; representa as polaridades dos opostos dentro de uma personalidade. A partir do nascimento todos esses opostos lutam dentro de nós e moldam a nossa personalidade.

Em “Metamorfoses”, Ovídio (43 a.C. 18 d.C.), poeta latino, descreve:

“Linda criança, ela disse a ele, eu acredito que você é um mortal? você é deus Se fores, sem dúvida vejo o Amor, ou, se é a um mortal que deves o dia, ah! como sua mãe está feliz! que feliz seu irmão e sua irmã, se você tem uma irmã! feliz de novo a enfermeira que te deu o peito! mas feliz acima de tudo, e mil vezes feliz aquele a quem o casamento tornou seu companheiro, ou aquele que você achará digno desta felicidade! Se a sua escolha já está feita, ao menos permita que um pequeno furto seja o preço da minha chama; e se sua mão ainda puder se entregar, oh! deixe-me ser sua esposa e realizar todos os meus desejos!” (Metamorfoses IV, 310)

No Louvre-Paris há uma bela escultura do século II d.C., “Hermaphrodite endormi” – “Hermafrodito dormindo”.  Em 1619, Bernini esculpiu o colchão sobre o qual o mármore antigo é colocado. Há outra versão, em Roma, “Hermafrodito Borghese” cópia romana de uma estátua helenística restaurada, em 1619, por Bernini a pedido do Cardeal Borghese.

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