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Sindicato dos Médicos pede reforço na segurança após recorrentes casos de agressões físicas contra profissionais do Posto de Saúde João Elísio de Holanda

Pesquisa realizada pela Instituição aponta que mais de 80% dos médicos cearenses já sofreram ou presenciaram casos de agressão

 

Na última semana, o Sindicato dos Médicos do Ceará encaminhou ofício ao secretário de Saúde de Fortaleza, Dr. Galeno Taumaturgo, solicitando reforço na segurança do Posto de Saúde João Elísio Holanda, no bairro Mondubim, após recebimento de relatos de reiterados casos de agressões físicas e ameaças de morte aos profissionais que atuam no local.

 

Segundo o documento, a entidade tomou conhecimento de que, nos últimos meses, os profissionais estão passando por frequentes casos de ameaças e agressões por pacientes e acompanhantes. A informação é de que a unidade não possui segurança, tendo apenas um monitor para controlar o acesso dos pacientes.

 

“É necessário um reforço fixo na segurança desse posto. Infelizmente, esse pleito já foi feito por diversas vezes à Prefeitura de Fortaleza, por situações ocorridas em outras unidades de saúde, contudo, até o momento, nenhuma medida realmente efetiva foi tomada. Esperamos que não seja necessário acontecer algo de maior gravidade, para que sejam adotadas as medidas necessárias”, alerta Dr. Leonardo Alcântara, presidente do Sindicato dos Médicos.

 

Conforme previsto no Código de Ética Médica, o Sindicato esclarece ainda que é direito do médico recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas, ou possam prejudicar a própria saúde, ou a do paciente. Assim como poderá suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional.

 

Pesquisa: Violência é maior nos postos de saúde

Pesquisa realizada de forma virtual através das redes sociais pelo Sindicato dos Médicos do Ceará, no período de setembro a dezembro de 2022 apontou que 88,5% dos médicos cearenses já sofreram ou presenciaram algum tipo de violência em seu local de trabalho.

 

Conforme os 96 médicos cearenses entrevistados, 30,6% dos casos ocorreram nos postos de saúde, em seguida aparecem as UPAS (20%), hospitais secundários (17,6%) e hospitais terciários (16,5%). Acesse a pesquisa completa aqui.

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