Quem sofre com isso sente inveja do sucesso dos outros e, para se sentir melhor, pode até tomar atitudes para sabotá-los. Não é por acaso que esta patologia leva o nome de um bandido da mitologia grega, famoso por sua natureza de torturador, que não tolerava ninguém diferente ou melhor que ele. Na verdade, suas vítimas eram obrigadas a deitar-se em uma cama e, se não coubessem perfeitamente no comprimento, eram submetidas a dois tipos de tortura: as que se projetavam tinham as pernas amputadas, enquanto as que eram mais baixas tinham os membros esticados. Posteriormente, esse mito foi utilizado na psicologia para aquelas pessoas que não suportam o sucesso dos outros o sorriso do outro até mesmo as amizades dos outros, são movidas por um desejo tremendo por aqueles que consideram melhores, fazem de tudo para humilhá-los e boicotá-los.
O que você pode fazer quando conhece pessoas desse tipo? Como saber quem sofre desta síndrome? Mas acima de tudo, como colocá-los de volta no seu lugar, evitando que nos machuquem e nos causem danos? Existe inveja e grave inveja. E embora nunca seja um sentimento positivo, existem diferentes tipos. “A Síndrome de Procusto é uma patologia mental particular que leva as pessoas que a sofrem a sentirem uma profunda inveja e um forte sentimento de frustração em relação a quem demonstra capacidade e talento, e consegue atingir os objetivos que se propôs”, afirma a psicanálise. “Comparada a uma inveja dita “saudável”, caracterizada pelo reconhecimento das qualidades dos outros sem tentar diminuí-las e pela tentativa de implementar estratégias adequadas para melhorar a própria posição profissional e social, a inveja patológica é caracterizada por um profundo sentimento de desprezo e muitas vezes pode levar à tentativa de impedir o sucesso do outro mesmo por meios injustos”. Nem sempre é fácil reconhecer uma pessoa que sente esse tipo de inveja, impregnada de intolerância e competitividade negativa um exemplo: pessoas que se acham melhores que as outras , pessoas que fazem questão de mostrar suas viagens, suas roupas e locais aonde comem.
Mas existem sinais e características que podem ajudá-lo a identificá-los. “As pessoas que sofrem da síndrome de Procusto têm uma forte tendência a desprezar as pessoas ao seu redor, amigos, colegas de classe, colegas, etc. e não reconhecer suas qualidades. Isso acontece porque, tendo uma autoestima muito baixa, temem a comparação com os outros, sentem-se inferiores e incapazes de alcançar os mesmos resultados e por isso tentam implementar comportamentos que possam causar danos a quem, na sua opinião, goza de uma posição vantajoso. Quem sofre dessa síndrome é aquele tipo que fala demais, e pensam até que sabem demasiadamente. Fácil de lidar e detectar basta ficarmos em silêncio. Silêncio é nossa melhor arma para os que sofrem dessa síndrome.
Rossana Köpf – psicanalista
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