A boca está cheia do que o coração fala, ou até mesmo, “a boca fala do que o coração está cheio”. Será que a cara está cheia do que a mente cala, ou expressa, ou fala? Quem vê cara não vê coração. Sabemos que, aquilo que migra de uma alma bondosa e de um coração piedoso, traz uma generosa energia de paz, amor e transformação. Algumas vezes, flutuo o meu pensar em imaginar que as manifestações que a face apresenta, pelo sorriso, lágrimas, rugosidades, expressões e gestos, exprimem o que está embutido no psiquismo. Tenho ciência, porém, que nem sempre, o rosto, a face ou a cara (como queiram), é reflexo do que se esconde na mente. A mente mente, e eventualmente, há gente que mente sem titubear; e na face não consegue expressar o que é aparente ou transparente, no gemente e agoniante psiquê.
O que seria uma mente bela? O que teria numa exuberante beleza mental? Um punhado de amor que abarrota por todos os lugares; e mesmo nos ares onde a mente age, está evaporado, encravado e instalado nos ensinando a ensinar. A mente bela tem janelas abertas para o bem-servir; tem portas escancaradas para oferecer paz e luz na vida de todos; tem amizade, perdão, gratidão e esperança em profusão. Ela aprendeu a sentir o sofrer e modificá-lo, na sublime essência que pessoas boas carregam. Ela pensa intensamente. Intensa mente que não julga, e jura doação, que transforma dor em ação, e em amor. Sobre a beleza, lembro-me de uma reflexão do imperador Domiciano quando disse: “não há nada mais agradável nem mais efêmero do que a beleza”. Será que a mente bela também é passageira e fugaz, ou é agradável perenemente? Mesmo na escondida velhice do tempo?
Tudo tem um propósito. A mente escurecida pelo clarão dos tormentos e pelas penúrias do sofrimento, carece reagir; sobretudo, e principalmente quando é testada, ou quando é jogada no poço do desprazer de ter o que não quer; ou quando é tentada pelo penar de não saber o que fazer. Será que algum dia chegaremos na condição humana de alcançar um exuberante enlevo do valor da mente, em relação ao corpo..?? Quando obteremos nos periódicos, jornais e revistas capas que enaltecem mais frequentemente o que vem da mente; e menos, o que se obtém pelo corpo..?? Na extrema indigência do pensar, esmiuçado pelas agruras da depressão e cia ltda, o corpo quer se acabar, não se cuida, e “tenta” querer se finalizar (ou seria a mente que tem essa inequívoca intenção de explodir o ser e o estar..??). Busquemos essa preciosa mente resgatadora; que, muitas vezes, parece não existir; mas existe sim (tenha certeza dessa verdade que se esconde no brilho da consciência de todos nós). Mente inteira, capaz de tudo que a abundância humana traz na sua essência verdadeira – ilumina nossa missão, abrilhanta nossa vida, e nos conduz no caminho da profícua capacitação.
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