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Tesourada no tesouro

A verdadeira consciência, que nos aproxima da nossa essência maior, junto da abundância e da presença da alma do Criador, é o maior tesouro que precisamos sustentar e nutrir. A todo o momento, porém, nos deixamos guiar ou conduzir pelas inconvenientes ou intempestivas manifestações, “pitacos”, e influência do nosso gigante inconsciente, que pulveriza tesouradas no que somos, naquilo que pensamos, em fatos que nos desviam da serenidade, e em atos que nos inspiram a viver na ilusão do ser (que nos afasta da profícua e excepcional sabedoria). “Ama o teu inimigo”; pois, com a tesoura na mão, ele faz cortes e recortes; e dessa maneira, não conseguimos reconstruir com perfeição o tecido ou o retalho da paz, da alegria e da fé(licidade) que carecemos alcançar. Para muitos, o seu desconhecido inconsciente é sim, seu algoz e feroz condutor, e cortador. O perdão transformador liberta a mente da energia e do poder que faz sofrer. Lembremo-nos sempre, que o sofrimento e o que nos inquieta de montão, também é uma porta aberta para descobrirmos o que realmente somos.

 

Entre as extensas janelas do passado e do futuro, está presente o colosso do presente, onde devemos estacionar. A abertura estreita que nos leva a esse entendimento de aceitar, ter, e ser a essência maior de Deus dentro de nós, concebe despertar o tesouro que recebe tesouradas da mente conflitante, que vive cercada da ilusão do existir, do excesso de apego e do medo. De certa maneira, entretanto, presos na mente, talvez não consigamos verdadeiramente conhecer essa essência e nobreza maior que procuramos e que resolve tudo, responde tudo, e resgata tudo que queremos compreender. O ruído mental, e o pensar errante, sem entender o valor da presenca do silêncio (que clareia dúvidas e responde o irrespondido), nos separa da essência do que somos. Frequentemente, esse incômodo barulho no psiquismo flutua no tempo adiante e no que passou; e menos no presente, que deve ser eterno enquanto existe. Tesouradas no tesouro devem ser controladas. Perdoar também é aceitar; é tesourar a resistência mental, é semear amor em profusão; é libertar-se de um condicionamento repetitivo que aprisiona.

 

A joia mais rara, valiosa e extraordinária, do tesouro mais precioso da vida, talvez seja sim, ter e alcançar a consciência consciente da presença do sublime valor da existência, a essência divina, de burilar a natureza do espírito humano, e fazer brilhar o valor do existir. Aparente”mente”, isso seja algo muito incomum e dificil de conquistar; para se tornar um ser não tão dependente da voz continua da mente, limitado ao clamor da inconsciência; essa que quer reger e conduzir o pensar e o agir, e que deixa o ser envolto na ilusão de ser, e quer nos encaminhar pela imprecisão do bem-fazer. O cortar esse tesouro (isso que falo sutilmente nesse texto), é uma espécie de chamamento para que acordemos das intempéries da vida, meditemos sobre nosso existir, e evitemos as encruzilhadas (que a mente condicionada pelas coisas do passado e pelas situações que virão) oferece em nossa escuridão. Para muitos, esse meditar é profundo e está mergulhado no cerne da ignorância da maioria. Aqui disserto com respeito, e com o cortador do medo, da ilusão, e do apego – na mão; não na mente. Exorto neste escrito, o enlevo da necessidade de trinchar o que nos maltrata; com cautela, para não ser arremessado no poço da sofreguidão de quem não sabe perdoar, ou amar.

 

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