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Fortaleza recebe de 13 a 16 de novembro o X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos: Inovação, Acesso e Formação em Debate

Em entrevista exclusiva ao Jornal do Médico, parceiro oficial do X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos, o presidente do evento, Dr. Rodrigo Castilho, traz esclarecimentos sobre os principais pontos que serão discutidos. Desde políticas de acesso e práticas transdisciplinares até inovações em comunicação e formação profissional, o congresso promete redefinir os rumos dos cuidados paliativos no Brasil. O evento ocorrerá no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, de 13 a 16 de novembro.

 

Jornal do Médico: Com a temática deste ano voltada para o avanço dos cuidados paliativos no Brasil, quais são os principais desafios e perspectivas discutidos no Congresso para ampliar o acesso a esses cuidados?

 

Dr. Rodrigo Castilho: O décimo Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos tem como tema “Cuidados Paliativos: Acesso e Transdisciplinaridade”. O acesso é essencial para todos os brasileiros, especialmente os pacientes que enfrentam condições que ameaçam a vida, trazendo sofrimento em várias dimensões: física, emocional, espiritual e social. Por isso, a escolha de “acesso” e “transdisciplinaridade” reflete a necessidade de práticas que garantam cuidados adequados, incluindo acesso às equipes especializadas, informações sobre o tema, além de medicamentos e insumos fundamentais. Essa abordagem está alinhada com a Política Nacional de Cuidados Paliativos, lançada este ano. Durante o Congresso, abordaremos essa política, abrangendo desde o cuidado paliativo na atenção primária até casos complexos, como em UTIs, passando por atendimento ambulatorial e domiciliar.

 

A questão do acesso será amplamente debatida em diferentes trilhas, focando tanto no SUS quanto no setor privado, com ênfase em garantir serviços de qualidade. Já a transdisciplinaridade será abordada em mesas que reunirão especialistas de diversas áreas, promovendo discussões integradas e harmoniosas.

 

Jornal do Médico: A programação inclui um painel sobre estratégias para melhorar a comunicação com pacientes e familiares. Quais práticas ou abordagens inovadoras estão sendo apresentadas para aprimorar esse aspecto nos cuidados paliativos?

 

Dr. Rodrigo Castilho: A comunicação é um elemento essencial nos cuidados paliativos, não só com pacientes, mas também com as equipes e familiares. Uma trilha do Congresso será dedicada a esse tema, trazendo práticas atualizadas e técnicas humanizadas que transformam a comunicação em um instrumento terapêutico. Abordaremos a comunicação sob um prisma espiritual, incluindo discussões sobre como conduzir uma anamnese espiritual. Além disso, destacaremos práticas para reconhecer o sofrimento em pacientes que não conseguem se expressar verbalmente. A programação também reforça a importância de uma comunicação eficaz entre psicólogos, médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, com foco em temas como comunicação de más notícias e a “conspiração do silêncio”.

 

Jornal do Médico: Como o Congresso abordará a formação de novos profissionais em cuidados paliativos, considerando a crescente demanda no Brasil?

 

Dr. Rodrigo Castilho: A formação de novos profissionais será um tema abrangente. O Congresso visa ampliar o conhecimento sobre cuidados paliativos, englobando desafios e boas práticas na formação desses especialistas. Discutiremos políticas de capacitação para todos os profissionais de saúde, mesmo para aqueles que não se especializarão, mas precisam dominar noções básicas de cuidados paliativos. Teremos mesas sobre produção científica e o papel das ligas acadêmicas. Nosso objetivo é preparar profissionais para demandas diversas, enquanto os casos mais complexos continuam sob os cuidados de especialistas.

 

Jornal do Médico: Quais atividades interativas e workshops são mais aguardados, e como podem impactar a prática clínica dos participantes?

 

Dr. Rodrigo Castilho: É difícil escolher apenas alguns destaques, mas cursos pré-Congresso como manejo de lesões, acesso subcutâneo, pediatria, bioética e dor se sobressaem. A reabilitação paliativa será uma abordagem inovadora, assim como práticas integrativas e peças teatrais com casos reais. Um curso especialmente relevante será o de “últimos socorros”, voltado para técnicas no fim da vida. Essas atividades são valiosas tanto para iniciantes quanto para profissionais experientes que buscam se aprofundar.

 

Serviço: X Congresso Brasileiro de Cuidados Paliativos
Data: 13 a 16 de novembro de 2024
Local: Centro de Eventos do Ceará, Fortaleza/CE
Clique aqui e acesse o site

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