Todos nós temos uma voz interna, reclusa ou livre, passiva ou atuante, calada ou conflitante, segura ou serenante; precisamos acreditar no seu poder transformador, de transformar dor em amor, de nos encher pela tempestade do sopro da alegria, e nos envolver com seu brilho e fantasia. Esse silencioso grito que a voz expressa em muitos momentos do pensar, nos oferece luz e paz, e nos impulsiona a continuar. A vida é e deve ser um constante peregrinar, um liquidificador de problemas, uma redoma abarrotada de coragem, e um pedestal onde a gratidão é perene e estaciona sem titubear.
A voz da alma que disserto nesse peregrinar de palavras, permanece na mente iluminada, está atolada no pântano onde dorme Deus, e é uma grande restauradora do pensar e agir dos homens de boa vontade. Que ela seja alicerce da base que queremos e fazemos todos os dias, dos desafios que enfrentamos no viver, e das vitórias que conseguimos pelo que intencionamos. Essa voz traz embutida e encravada no seu silêncio, o sussurro que desperta alegria e que nos impulsiona pelas veredas da magia de ser feliz. Ela deve ser uma força que arranca medos e faz arremedos e bons arrodeios, diante dos nossos limites. O silêncio dela também é calma, junto da responsabilidade que carrega. Abramos a porta da genialidade que a mente esconde.
A voz da alma nos ensina a sermos do caminho do bem, a vivermos no presente, a estacionarmos nosso pensar no momento do agora, a sentir o prazer da bondade e da boa essência que a todo momento, na alma generosa e equilibrada, aflora. Ela nos retira o pensamento que perturba e faz surgir o que resgata e traz harmonia. A voz é ouvida pela mente, mas é vista pela essência, sem julgamentos ou sofrimento. Não sei se as pessoas entendem; mas explicando mais serenamente, não somos a voz que ouvimos; somos sim, o que está mais acima; o ser que observa, analisa, aprende e medita sobre o falar da voz. Que ela seja doce, e traga pureza e amor ao coração.
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