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Sino do destino

Quando menos imaginamos, há o toque repentino do sino imprevisível e inesperado, e tudo se modifica num instante, num despertar diferente ou indesejado, que não queríamos e não planejávamos viver, ou sentir. Nesse texto falo sobre os lutos lampejantes, que não nos permitiram trabalhar a sua chegada e que se manifestaram pelo aumento inóspito e súbito de ansiedades, ingratas surpresas, sensação de incapacidade, desconforto aquecido, desvalor e desamor acometidos, e um ensopado de emoções que se exasperam e que são jogadas no lixo (ou no luxo) da explicação, que se evaporam ou se robustecem no tempo. Mesmo na dor louvemos o amor; na tristeza (curiosamente) também deve florescer a alegria. A Bíblia diz – “o coração alegre ê um bom remédio; mas o espírito abatido faz secar os ossos”.

 

O toque que inspira para enaltecer e esquentar o fogo do amor transformador, em algumas circunstâncias, é afetado por variadas situações que transformam o que pensamos ser, ou como somos – isso é o que batizo, sagaz”mente”, de sino do destino. Num ou noutro momento, a vida pede passagem com o trator da destruição e não nos oferece paragem, para pensar o que fazer nesse processo de penar, lamúria e desrazão; de mudança, forca e transformação. Será que por mais que nos preparemos para enfrentar o que não queremos, estaremos armados pelas armas e artifícios da solução..?? Ou o estampido que vem acompanhado da triste e suja, ou surpreendente e bela poeira da vida (que nos tira da nossa zona de conforto) serve para nos transformar em seres mais robustecidos pela força do que merece ser elevado e considerado..?? O clamor da dor nos ensina a valorizar ainda mais o sabor do amor – o sino (e a sina) confirma e comprova isso.

 

Esse badalo, do sino, cutuca a nossa consciência, e faz lembrar d’uma reflexão citada por Karl Jung quando ele disse: “até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida, e você vai chamar isso de destino”. O hino da paz precisa ser louvado. No meio da efervescente consciência existe e se solidifica a nossa verdadeira essência; e nos arredores da inconsciência se perpetua o que não compreendemos, as nossas dores constantes, os medos lancinantes, e aquilo que não deciframos facilmente. Cada pessoa faz a sua história. Envolvidos pela ebulição das emoções, dos fatos ou pensamentos incontrolados, e por conseguinte, dos comportamentos desmascarados na lápide do que não deve ser copiado, muitos são comprometidos a trilhar caminhos de erros gritantes e gigantes. O sino do destino é um despertar, para a vida que vale a pena viver e conjugar; ouçamos o seu alerta e ensino.

 

Créditos da imagem: Freepik

 

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