Existe entre as pessoas que estão vivenciando momentos de sofrimento e dor, uma exacerbação de reclamos e de clamores, em relação a não acatar uma específica situação. Quando treinarmos nossa mente para ser mais serena, aceitar com mais discrição e quietude do viver, coisas que inspiram gritos e reclamações, e migramos pelos campos do silêncio no momento que se exacerba o desejo de protestos e desaprovação, parece que alcançaremos mais conforto e serenidade no psiquismo e no coração. É bom viver a paz da consciência plena, que não reclama e não clama a chegada do ódio, da vingança, e da necessidade de vencer pelo protesto ou intimidação. É bom evitar raivas e alimentar soluções.
Numa conversação, quem não reclama parece que encontra e conquista mais autodominio no âmago da alma. A evolução humana passa pelos trilhos do equilíbrio, da capacidade de controlar reclamos, e pela aptidão de amenizar e acalmar a essência com coisas que não podem ser mudadas. Há usualmente uma triste mania da maioria das pessoas de reclamar de tudo, exigir demais dos outros, intimar ou reivindicar desejos inadequados (alimentados pelo ego); associado a pouca habilidade para ver o poder da gratidão, da graça do equilíbrio e da humildade, e da apurada observação que constrói. Quanto mais treinarmos nossa consciência para viver longe do hábito de reclamar, mais cresceremos por aprender tudo de bom, que a vida está a nos ensinar.
Reclamar cria um ambiente de guerrilha espiritual, uma energia de destruição, um disfarce escondido de gatilhos mentais que se exasperam mais do que o normal. Algumas pessoas não vislumbram ou não vivenciam o passamento de uma tempestade, com reclamos e palavras de maldade; aprendem porém, a dançar na chuva, com alegria e com toda a essência e verdade, que carregam em si. Assim deve ser a vida. Reclamar traz um ar de tolice, guerra, sofrimento, besteira, vaidade e vulnerabilidade. “O melhor lutador nunca está com raiva”. Resolvamos os ferrolhos da mente abrindo portas de transparência, lealdade, e fidelidade aos bons e nobres princípios e valores humanos. Controlemos a boca para não reclamar; e colheremos os frutos da serenidade, da paz, da força e da alegria; que o mundo pede, faz e traz.
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