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Sanidade – O Melhor Caminho Para Sair da Loucura dos Outros

Um Ato de Sanidade
Em um mundo cada vez mais conectado e, paradoxalmente, mais individualista, somos constantemente bombardeados por narrativas, opiniões e dramas alheios. Seja nas redes sociais, nos noticiários ou nas interações cotidianas, é fácil ser arrastado para a “loucura dos outros” – a ansiedade coletiva, as brigas incessantes, as projeções negativas e os ciclos de victimização. Em meio a esse turbilhão, afastar-se e preservar a própria paz de espírito não é egoísmo, mas sim um ato fundamental de sanidade.

A Contaminação Emocional
Assim como um resfriado se espalha, as emoções são contagiosas. Quando nos envolvemos excessivamente nos problemas e neuroses de outras pessoas, corremos o risco de internalizar essa energia. A raiva de um, a insegurança de outro, o pessimismo geral – tudo isso pode, inconscientemente, começar a moldar nossa própria percepção da realidade e nosso bem-estar emocional. Ficamos exaustos, frustrados e, por vezes, perdemos a capacidade de discernir o que é nosso e o que é do outro.

O Custo da “Ajuda” Excessiva
Muitas vezes, a intenção de ajudar e apoiar é genuína. No entanto, existe uma linha tênue entre oferecer suporte e permitir que a dor alheia nos consuma. Quando nos tornamos o “lixão emocional” de alguém, onde todas as queixas e frustrações são despejadas sem reciprocidade ou solução, estamos comprometendo nossa própria saúde mental. É importante lembrar que não somos responsáveis pela felicidade ou bem-estar de ninguém além de nós mesmos. Podemos oferecer compaixão e um ouvido amigo, mas a responsabilidade de lidar com suas próprias questões pertence a cada indivíduo.

O Poder da Delimitação
Sair da loucura dos outros exige delimitar fronteiras claras. Isso significa:
* Reconhecer seus limites: Entender até onde você pode ir para ajudar sem se prejudicar.

* Aprender a dizer “não”: Recusar-se a se envolver em dramas desnecessários ou a assumir responsabilidades que não são suas.

* Proteger seu espaço mental: Evitar o consumo excessivo de notícias negativas e a exposição constante a pessoas que drenam sua energia.

* Focar no que você pode controlar: Concentrar-se em suas próprias atitudes, reações e na construção de sua própria realidade positiva.

A Sanidade na Autopreservação
Ao nos afastarmos de dinâmicas tóxicas e emoções alheias que não nos servem, abrimos espaço para a clareza mental, a tranquilidade e a autoconexão. Essa autopreservação não é um sinal de fraqueza, mas de força e maturidade emocional. É um reconhecimento de que, para ser capaz de contribuir positivamente para o mundo, primeiro precisamos estar inteiros.
É um ato de sanidade escolher a própria paz em detrimento do caos alheio. É entender que a melhor forma de ajudar o outro, muitas vezes, é ser um exemplo de equilíbrio e bem-estar, em vez de se afogar junto com ele. Ao cultivar nossa própria sanidade, nos tornamos faróis em vez de âncoras, capazes de inspirar e, verdadeiramente, elevar aqueles ao nosso redor, sem nos perder no processo.

Você já sentiu o peso da “loucura dos outros” em sua vida? O que você faz para proteger sua própria sanidade?

 

Rossana Köpf – psicanalista

Créditos da imagem: Freepik

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