Com o objetivo de cobrar providências imediatas ao Poder Público, visando garantir uma segurança adequada dentro e fora das unidades de saúde do Estado, o Sindicato dos Médicos realizou, entre profissionais da categoria, uma pesquisa que aponta que 88,5% dos médicos cearenses já sofreram ou presenciaram algum tipo de violência em seu local de trabalho.
O levantamento, realizado entre os meses de setembro e dezembro de 2022, ocorreu de forma virtual, por meio de formulário de perguntas objetivas, disponível nas redes sociais da entidade e compartilhado entre os profissionais via aplicativo de mensagens. No total, 96 médicos cearenses responderam ao questionário.
De acordo com os entrevistados, 30,6% dos casos ocorreram nos postos de saúde, em seguida aparecem as UPAS (20%), hospitais secundários (17,6%) e hospitais terciários (16,5%). A pesquisa também revela que 56,5% dos médicos afirmaram que os episódios de violência ocorreram durante atendimento de emergência. Para 31,8%, os casos de violência ocorrem semanalmente; para 31,8%, mensalmente; e para 14,1%, diariamente.
Para 96,5% dos médicos, o tipo de violência mais comum é a agressão verbal, praticada, principalmente, pelos familiares (76,5%) e, em seguida, pelos próprios pacientes (48,2%).
A pesquisa aponta, ainda, que 51% dos profissionais avaliaram a segurança do seu ambiente de trabalho como péssima, e 33,3% como ruim. Perguntados se já denunciaram algum tipo de violência ocorrida no local de trabalho, 63,5% responderam que não e 36,5%, que sim.
“É importante salientar que o ano de 2022 foi um dos mais violentos, dentro e fora dos hospitais, postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com a ocorrência de diversos episódios de agressões, ameaças, assaltos e até homicídio. A necessidade de uma análise mais profunda sobre o cenário de violência nas unidades de saúde do Estado surgiu diante da ausência de dados que registrem a quantidade de denúncias de médicos vítimas de violência durante o exercício da profissão. Com a pesquisa, queremos apresentar o cenário de médicos que já presenciaram ou foram vítimas de violência, de forma quantificada, além de reforçar o pedido por segurança qualificada e especializada, tendo como base as respostas dos profissionais”, explica Dr. Leonardo Alcântara, presidente da entidade.
Assessoria de Imprensa Sindicato dos Médicos do Ceará — Capuchino Press
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