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De mãe para mãe: por que devemos dar mais atenção aos olhinhos dos nossos filhos?

As mães e médicas oftalmologistas da Clínica de Olhos do Cariri falam sobre saúde ocular na infância.

 

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 20% das crianças em idade pré-escolar apresentam algum tipo de problema visual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), esses dados tendem a aumentar com o uso cada vez mais precoce dos eletrônicos.

 

A médica oftalmologista e PhD Dra. Thais Callou explica que a integridade visual é essencial para que o desenvolvimento da criança aconteça de maneira adequada. A visão é o sentido que mais fornece informações sobre o meio ambiente, daí a importância de cuidar da saúde visual dos pequenos desde cedo, comparecendo às consultas regularmente e respeitando as recomendações para cada faixa etária. A Dra. orienta que os cuidadores, pais e professores precisam ficar atentos. Mau desempenho escolar, lacrimejamento constante, coceira nos olhos, sensibilidade exagerada à luz, dores de cabeça, olhos desviados, franzir a testa para enxergar objetos de longe e até a proximidade exagerada na hora de utilizar os eletrônicos podem ser sinais de alarme.

 

Dra. Thaís Callou, médica oftalmologista e PhD, CRM/CE 17773 RQE Nº: 7700

 

O desenvolvimento da função visual ocorre ao longo da infância. Ao nascer, o sistema visual é imaturo e se desenvolve por etapas, ao longo dos primeiros sete anos de vida. Doenças oculares nessa fase podem causar baixa visual e até cegueira permanentes e impactar no desenvolvimento motor, cognitivo e até emocional da criança. Entre os adultos, esse comprometimento da visão causa impacto socioeconômico. Por isso, disfunções visuais devem ser diagnosticadas e tratadas de forma mais precoce possível.

 

A avaliação oftalmológica durante a infância é fundamental, devendo o teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho ser o primeiro exame a ser realizado ao nascimento. É um exame rápido e indolor que tem como objetivo investigar possíveis alterações oculares que possam comprometer o desenvolvimento visual, como catarata e glaucoma congênitos, opacidades corneanas, lesões retinianas, como o retinoblastoma, entre outras. O teste do olhinho normal não afasta a necessidade de acompanhamento visual nos anos subsequentes pois alterações como estrabismo, diferença de grau entre os olhos ou graus muito altos podem também comprometer o desenvolvimento visual se não tratados adequadamente, comenta a médica oftalmologista Dra. Clarice Callou.

 

Dra. Clarice Callou, médica oftalmologista, CRM/CE: 13198 RQE Nº: 7774

 

A médica oftalmologista Dra. Bruna Costa Callou explica que o estrabismo é um desalinhamento dos olhos que pode ser fisiológico, ou seja, normal, até os 6 meses de vida devido à imaturidade do sistema visual. Após os 6 meses, merece uma avaliação especializada. A maioria dos casos de estrabismo, ocorre na infância, mas também pode ocorrer na vida adulta. Quando ocorre na infância, pode causar alterações no desenvolvimento visual com diminuição da visão, a chamada ambliopia, também conhecida por “olho preguiçoso”. O tratamento depende do tipo de estrabismo, podendo ser corrigido com uso de óculos e/ou cirurgia.

 

Não se pode falar em saúde ocular na infância sem citar os malefícios do uso dos eletrônicos atualmente. Pesquisas mostram que o uso cada vez mais precoce e excessivo dos eletrônicos como smartphones, tablets ou televisões tem trazido não só distúrbios relacionados a alimentação, sono e comportamento, como também problemas visuais. Entre eles, o cansaço visual, olhos secos e miopia são os principais. Sem contar com acesso ao conteúdo inapropriado, o que pode gerar consequências irreparáveis na vida das crianças.

 

Dra. Bruna Costa Callou, médica oftalmologista, CRM/CE: 18369 RQE Nº: 8529

 

Por fim, as mães e oftalmologistas trazem as determinações atuais sobre as consultas oftalmológicas e sobre o uso de eletrônicos na infância. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta que ao nascimento, é obrigatório o Teste do Olhinho. Após, entre 6 e 12 meses de idade, a criança deverá ser submetida a uma consulta oftalmológica completa; e dos 3 aos 5 anos, uma nova avaliação. Em relação a exposição à telas digitais, a OMS determina que os menores de 2 anos tenham restrição total ao uso. Crianças entre 2 e 5 anos: uma hora por dia; e entre 6 e 10 anos, até 2 horas por dia. Sempre com supervisão.

 

“Sabemos que no olhar de cada mãe reside o cuidado, a segurança e a confiança dos filhos. Sendo assim, cuidar da saúde visual de cada um deles é tarefa primordial.”

 

Sobre as autoras:

 

Dra. Thais Callou, CRM/CE 17773 RQE Nº: 7700
Graduação em medicina na Universidade de Pernambuco. (UPE)
Residência médica em Oftalmologia pela Fundação Santa Luzia – PE.
Especialização em Cirurgia Refrativa pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC­FMUSP).
Especialização em Córnea e Doenças Externas pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (HSCM – SP).
Doutorado pelo Programa de Pós­ Graduação em oftalmologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Membro Titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Principais áreas de atuação: Cirurgia Refrativa, Ceratocone e Lentes de Contato.

 

Dra. Clarice Callou, CRM/CE: 13198 RQE Nº: 7774
Graduação em medicina na Universidade de Pernambuco. (UPE)
Especialização em Oftalmologia pela Fundação Altino Ventura – PE (FAV – HOPE).
Especialização em Plástica Ocular e Vias Lacrimais pela Fundação Altino Ventura.
Título de especialista em Oftalmologia pela Conselho Brasileiro De Oftalmologia e Associação Médica Brasileira.
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular
Membro titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

 

Dra. Bruna Costa Callou, médica oftalmologista, CRM/CE: 18369 RQE Nº: 8529
Graduação em medicina na Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS)
Especialização em Oftalmologia pela Fundação Altino Ventura – PE. (FAV – HOPE).
Especialização em Oftalmopediatria e Estrabismo pelo Hospital de Olhos Caviver-CE e pelo Hospital Geral de Fortaleza-CE.
Título de especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro De Oftalmologia e Associação Médica Brasileira.
Membro Titular do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

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