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Repa”i”ro da falta, da fala e da falha…

Nessa redação faço uma homenagem e honraria a todos os pais que trazem pás de amor aos seus filhos; e aos pais que sucumbiram súbito, e que deixaram um legado de paz na jornada deles. Dis(z-c)serto para os descendentes, e, sobretudo para os viventes do mundo racional, sobre a beleza da reparação do erro cometido, da fala indevida, da falha abismal, e da falta ou ausência paternal. Como funciona ou se comporta a mente de uma criança que tem arrancada de si a convivência continuada da presença do pai, de maneira abrupta..?? Causada pela morte, pelo abandono silencioso e rasgante, ou pelo desprezo fulminante..?? Todos nós nos sentimos mais fortalecidos quando, infantes, somos protegidos por uma figura de força, presença, decisão, boa consciência e ação. Mesmo sabendo que, pelo infortúnio da provação, do lamento, da perda e da morte, existe um roteiro aberto para lamúrias e sofrimentos, muitos órfãos voam para ares mais altos do que pessoas que tiveram o privilégio continuo da proteção paterna.

 

A paternidade responsável, presente, que assume o valor da suprema potência que traz em si, é factível de oferecer um rastro de conforto, proteção e segurança nos caminhos dos filhos. Somos seres errantes, limitados, cheios de falhas, faltas e falas passantes. Reparar o erro é também uma espécie de absolvição, graça e correção; de pedir perdão e arranjar um novo rumo de condução. Dobrar-se pelo seu poder de se convencer de equívocos transicionais, e de escapismos de descontroles emocionais, é necessário, quando alimentamos a real consciência transformadora. Daí porque falo da precisão e do sublime valor desses repa”i”ros. Lembro-me de uma reflexão do Pai da psicanálise (Sigmund Freud), quando ele disse: “o maior desejo de uma criança é sentir a proteção de um pai”. Há fatos imutáveis; e há também, a necessária necessidade de aceitar a precisão de mudar, para continuar firme no caminho do conviver, do vencer, e do saber amar. Curemos as feridas da rejeição, os cortes do vitimismo, e as cicatrizes da alma.

 

A figura, essência, presença e fortaleza que migra da importância excepcional de um pai protetor, carregado de amor para partilhar com seus rebentos, é algo imprescindível. Apesar de sabermos que muitas pessoas vivenciam as dores de perdê-los tão precocemente, o poder deles, mesmo ausentes, tem um nobre sentido. Aqui rememoro também, pessoas que se comportam como pais verdadeiros e que têm a sua suprema aptidão e exuberantes predicados para ofertar às criancas órfãs, a expressão da exímia arte de amar. “Meu filho, você nos ajuda a viver” – todos os dias meu pai diz essa afirmação. Neste escrito, faço um silencioso grito de alerta, louvor e gratidão a todos os seres, sobretudo os pais, que fazem o dia das pessoas serem mais eloquentes, cheios de vida, alegria e amor. E louvo, com exímio garbor, os pais presentes, respeitosos na sua missão, amáveis, renovadores e gentis; e a todos os que viajaram cedo para o céu da eternidade, e que deixaram semeadas sementes de humildade, singeleza e honestidade, que mudam a humanidade.

 

 

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