Somos ou seremos produtos da lista de uma tríade que nos guia, nos forma, deforma ou transforma, a todo o momento, e que é constituída pelo íngreme passado, pelo extraordinário presente, e pelo imprevisível futuro. Há na lista, e na vida de todos nós, os feitos, erros, acertos, escolhas e dores do passado; a essência, evidência, fluência, abundância, ação e importância do presente; e a incógnita expectativa, o aleatório destino, o horizonte calado, e a quieta perspectiva do futuro. Jamais teremos a condição de voltar ao passado, ou estacionar nosso viver no porvir. A existência sempre acontecerá no presente. Nesse texto, entretanto, honro com ênfase, garbor e louvor o “Doce beijo do futuro”; esse que traz o acordar do sonho do pesadelo, a magia do olhar verdadeiro que nos hipnotiza pelo que virá, a natureza daquilo que viveremos e que somente teremos com o despertar, e a evidência de acreditar num novo tempo bom e transformador, bem diferente do passado sofrido, que no presente estacionou.
Talvez, a concepção de entender, aceitar e querer louvar e enlevar o futuro, e compreendê-lo como algo mais importante do que o presente, aconteça mais intensa e instigante”mente” nas pessoas que estão sofridas, presas pelo castigo da dor, ou algemadas no tempo corrente, sem alegria, com algum desvalor e muito desamor, na condição do presente real. E é muito magistral acreditar nesse ponto do valor do futuro maioral (esse que relevo e revelo nessa redação), para todos que vivenciam crises de tristezas intermináveis, que atravessam as espadas da depressão, ou que se entrelaçam por grandes dores na alma e no coração. Precisamos acreditar num tempo melhor, no alcançar o fim do túnel que traz a luz esperada, na boa essência onde aprendemos com humildade a presença do agora, e na esperança (essa verde, viva, e verve mutante de todos nós).
Quando se vive um presente cheio de amor, alegrias e livres de dor, é difícil acreditar, imaginar e precisar conceber que o futuro tenha que ser, seja, ou será mais importante do que o presente. Ele poderá ser assim, quando existe no instante atual o que não conseguirmos batizar de boa verdade ou alegria real. Aqui louvo e ofereço esse “beijo”, para quem está com algum desconforto psíquico ou algo parecido, e para todos que consideram o futuro mais importante do que o hoje. Nessa circunstância é louvável que o futuro seja melhor e mais nobre do que o momento atual. Quando chegar, porém, esse futuro idealizado ou esperado, ele será o presente sonhado, desejado e conjecturado na lápide da esperança do sofrido passado. O Doce beijo do futuro é uma premiação, honraria, glória e galardão, para contemplar e homenagear o sublime sentido de uma vida feliz, erigida pela força da esperança, pela benevolente essência humana, e pela plenitude vinda da paz e do amor.
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