O ser humano que acolhe, que sente ou chora a lágrima do outro tem um poder diferenciado e não imagina verdadeiramente a força desse fazer. Lágrimas têm uma excepcional magia e um atributo curador e transformador; principalmente quando há lenços, e há acolhida de amigos, que não julgam, e que juram o verdadeiro amor, poderoso conciliador. É difícil, quase impossível, fisica e emocionalmente, genuinamente colocar-se no lugar alheio; mas acolher com humildade, compaixão e humanismo, é um sublime remédio de cura e conforto. A lágrima também é um consolo. A dor da tristeza vai passear quando vivemos a emoção do amor no ar.
Uma lágrima sentida, escorrida ou escondida, ainda que não seja compreendida ou represente algum nível de emoção descontrolada, é factível de arrancar e retirar o peso da dor que se sente, mesmo sem entendermos a sua razão e sua real essência. Toda vez que nos permitirmos deixar molhar-se pela desilusão ou desprezo da lágrima que parece vir da influência alheia, é necessário mergulharmos no poder que ela carrega, e na cura da loucura mental que ela arrefece. Permitamos conceber para a nossa consciência, que no meio da existência da lágrima chorada pelo desamparo, desamor e incompreensão, curiosamente devemos plantar bondade, amor e alegria em profusão.
Controlar emoções talvez seja um dos grandes alicerces para dominar pensamentos, e até mesmo, para realizar mudanças necessárias no comportamento. A lágrima que vem da desestima e da desconsideração, a que não se explica com tranquilidade no coração, e a reprimida pelo intrínseco arrependimento da alma, não carece ser menosprezada. É Interessante que, muitas vezes, precisamos frear o nosso ímpeto de falar, a nossa impulsividade para calar, para não criar a lágrima calcada, cansada, sofrida e calejada, que mastiga a dor mas não a arranca; e que causa muito sofrer, mesmo sem querer, e sem poder consertar. Educar-se e edificar-se pela dor nos alicerça, e traz amor, maturidade, aceitação controlada, e paz no coração.
Créditos da imagem: Freepik
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