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Entrevista com a nutricionista Mariana Cavalcanti

Mariana-Cavalcanti

No último dia 31, em março, foi comemorado o dia mundial da nutrição. Seguindo no tema, o Jornal do Médico conversou com a jovem e notável nutricionista Mariana Cavalcanti, CRN6 22260. Com apenas 24 anos, Mariana já é formada pela instituição UniFanor Wyden e pós-graduanda em Prescrição de Fitoterápicos e Suplementos na Área Clínica e Esportiva.
Leia abaixo a entrevista:

Jornal do Médico: Comer muito é comer bem?
Mariana Cavalcanti: Não, definitivamente não. Devemos nos alimentar conforme nossa capacidade metabólica individual, podendo ter ou não patologias agregadas.
O que vai mostrar que o que se come é do “bem” são as escolhas que fazemos independentemente da quantidade, sendo muito ou pouco, o que vai depender dos seus objetivos, está associado ao poder de escolher os alimentos. Costumo citar de exemplo o brigadeiro e a maçã, que ambas tem em torno de 90Kcal, porém existem grandes diferenças em propriedades, nutrientes, antioxidantes, tempo de absorção, carga e índice glicêmico…  São inúmeras as diferenças entre esses dois, mesmo tendo idêntico valor calórico, diferença essas que podem aí modular a resposta metabólica do seu organismo, fazendo grande diferença. Por tanto vale a pena levar em consideração, além do valor calórico, a quantidade que se come dependendo do seu objetivo, mas também a composição e a qualidade dos alimentos que você escolhe.
 
Jornal do Médico: O que é o Jejum intermitente? e quando ele é recomendado?
Mariana Cavalcanti: Jejum é muito sério, muito procurado por quem busca o emagrecimento. Antes de começar a falar qualquer coisa dele, já adianto que fazer jejum sem acompanhamento nutricional, é um grande risco à saúde. Não é apenas ficar, 10, 12, 14 horas sem comer e depois mandar aquele prato de pedreiro para dentro, ou desejo por doces, ou ter níveis altos de cortisol, causando irritabilidade, estresse, sono, fadiga… Jejum é uma estratégia que, nós nutricionistas, usamos como uma possível abordagem dentro de uma margem de segurança altíssima, quando notamos que é preciso quebrar algum efeito platô, tirar da rotina habitual, fazendo isso com muita cautela e observação. Estudos mostram que o emagrecimento é dado pela restrição de calorias, causando um balanço energético negativo, e não necessariamente jejuando por horas e horas. O que na verdade pode trazer danos irreversíveis a saúde, principalmente em longo prazo, principalmente sem o acompanhamento de um profissional capacitado, o nutricionista.
 
Jornal do Médico: Atualmente  a concentração de ferro e de cálcio presente nas folhas de Couve-flor está sendo bastante debatido na área da nutrição. Afinal, posso substituir o leite ou a carne por folhas de couve-flor ?
Mariana Cavalcanti: Bom, quando pensamos em substituição lembramos que, na nutrição, a substituição se dá por grupos, o que caracteriza seu tipo, como por exemplo, grupo proteico/carne, grupo de hortaliças, leguminosas, leite e derivados, cereais… Logo, substituímos um alimento por um outro alimento do mesmo grupo, devido suas características, logo, não penso em substituir carne (grupo de carne/proteico) por folhas de couve-flor (hortaliças), por exemplo.
Vale ressaltar o acompanhamento nutricional, se você pensa em atingir as necessidades diárias ferro e cálcio, através de alimentos não protéicos.
 
Jornal do Médico: Qual a quantidade de cálcio que o ser humano necessita? E onde é possível encontrá-los?
Mariana Cavalcanti: A cada ciclo da vida nossas necessidades de micronutrientes variam, assim como a presença de alguma patologia podendo diminuir ou ter de aumentar a ingestão de micronutrientes específicos.
Mas por exemplo, de acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde recomenda-se nos primeiros meses de vida 300 a 400 miligramas por dia, 1.300 diário na adolescência, na fase adulta uma variação de 1000 a 1.300 miligramas ao dia.
 
Jornal do Médico: Os alimentos ricos em vitamina C auxiliam na absorção do Ferro?
Mariana Cavalcanti: Sim, já não há mais dúvidas no meio científico quanto a ação do ácido ascórbico, mais conhecido como Vitamina C, no aumento da disponibilidade do ferro.

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