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Dia Internacional da Mulher e a Saúde

Dia Internacional da Mulher

Acreditar que as mulheres são frágeis, que não podem assumir cargos de liderança, ou ainda atuarem em profissões nobres, é um pensamento arcaico que não faz jus a realidade delas que, desde sempre foram exemplo de força, coragem e competência. Ao longo dos anos, as mulheres vem protagonizando grandes feitos em diversas áreas, inclusive na saúde.

A medicina brasileira tinha a tradição de ser formada por maioria masculina, mas essa realidade vem mudando a cada ano. Segundo estudo Demografia Médica no Brasil, em 2020, a porcentagem de mulheres médicas no país era de 46,6% enquanto em 2015 esse número só chegava a 42,5%. Nos grupos mais jovens, as mulheres já são a maioria desde 2020.

A feminização na carreira médica tem nítida evolução em sua distribuição ao longo do último século. Ainda em 1910, a porcentagem de mulheres médicas era apenas de 22,3% e a de homens era de 77,7% e esse aumento da presença masculina se ampliou até 1960. Porém, a partir dos anos 70, com a abertura de várias escolas médicas, as mulheres aumentaram sua participação na profissão.

Em meio a toda essa evolução da carreira na medicina, a maior participação das mulheres na medicina começou entre 2000 e 2019, com o maior número de inscrições das mulheres em cursos de medicina. Atualmente, Alagoas e Rio de Janeiro, são os estados com maior presença feminina.

Uma dessas mulheres que escolheram a medicina é a sobralense Dra. Lara Martins Rodrigues, que ainda criança, já pensava em cursar Medicina Veterinária devido ao amor que sentia pelos animais, porém, por ter alergia aos pets passou a se imaginar como médica, justamente porque poderia ajudar as pessoas. “Na minha família não tinha nenhum médico, mas eu sempre fiquei encantada com as consultas da minha pediatra e do meu otorrinolaringologista, então aquilo me fez decidir, ainda bem nova, que cursaria Medicina.”, conta Dra. Lara. “Na escola, durante o ensino médio, participei de grupos de estudo específicos para me preparar para os vestibulares e gostava de estudar as disciplinas ligadas à saúde. Quando tentava imaginar-me trabalhando em outro segmento, não conseguia me sentir confortável, então tive a certeza de que seria médica, pois era assim que me enxergava realizada. Fui aprovada no vestibular de Medicina do UNINTA em 2014.1 e concluí o curso em 2019.2, e ao longo desses seis anos de graduação, eu me apaixonei ainda mais e hoje estou fazendo exatamente aquilo que sempre sonhei, pois estou ajudando as pessoas.”

Quanto ao aumento das mulheres na classe médica, Dra. Lara afirma que as mulheres estão conquistando cada vez mais os espaços antes dominados pelos homens. “Apesar de só terem conseguido permissão para estudar Medicina nos últimos 150 anos, elas já são maioria em algumas especialidades médicas e entre os jovens em formação, segundo a Associação Médica Brasileira. Isso mostra a força e a garra feminina, que luta pelos seus direitos e que, quando os alcança, revoluciona números e situações, como a Elizabeth Blackwell, que depois de formada fundou o Colégio Médico de Mulheres, em Nova Iorque, a primeira instituição médica exclusivamente dedicada para o sexo feminino.”, exemplificou a especialista. “Atualmente, também somos maioria no enfrentamento à pandemia de COVID-19. O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) destacou a predominância feminina na área da Saúde na atual guerra contra o Coronavírus. No entanto, sabemos que ainda tem muita luta pela frente, pois a desigualdade na remuneração e a desqualificação do trabalho pela presença feminina são impasses que precisam ser superados. Esse inconformismo social quanto à atuação feminina na área médica deve ser combatido com respostas, no exercício diário da profissão, com inovação e pesquisas científicas. Devemos dar ao mundo um choque de realidade para que perceba que somos tão qualificadas quanto os homens, e que também por isso merecemos respeito e reconhecimento pela nossa atuação.”

No dia 8 de março, dia Internacional da Mulher, os editores da plataforma Jornal do Médico saúdam o protagonismo das mulheres na saúde, e convidam a todos para no próximo dia 22/03, conferirem gratuito em primeira mão no App Jornal do Médico (iOS & Android), a edição especial da nossa Revista Digital (RD) dedicada a Mulheres na Saúde com conteúdos sobre Carreira de importantes especialistas, Direito Médico, Atualização Técnica, Evento e muito mais.

 

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