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ARTIGO: Bexiga Hiperativa: há tratamento?

A Bexiga Hiperativa é uma Síndrome Clínica caracterizada por urgência para urinar, geralmente acompanhada por aumento da frequência urinária noturna e diurna, com ou sem incontinência, na ausência de Infecções do Trato Urinário ou outras afecções. Causa bastante impacto na qualidade de vida dos pacientes, que muitas vezes deixam de sair de casa, com medo de não encontrar um banheiro a tempo e urinar nas roupas. A prevalência e a severidade dos sintomas aumentam com a idade, sendo mais comum nas mulheres que nos homens.

Entretanto, uma avaliação adequada por uma equipe médica permite o diagnóstico e o tratamento adequado. Sempre é bom descartar presença de uma doença neurológica associada. Normalmente, após uma avaliação inicial, o médico solicita que o paciente preencha uma diário miccional (questionário informando a hora e a quantidade de líquidos que ele ingere e a hora e o volume urinado durante dois a três dias) e também solicita alguns exames mais básicos, como exame de urina, ultrassom das vias urinárias e eventualmente o exame urodinâmico. Várias são as formas de tratamento, que se inicia com medidas comportamentais (diminuir a ingesta de líquidos, principalmente à noite, evitar ingerir irritantes vesicais como cafeína, achocolatados e bebidas com gás, dentre outras medidas).

A Fisioterapia Urinária, utilizando Biofeedback e Eletroestimulação do nervos Tibial Posterior também faz parte destas medidas iniciais de tratamento. Caso o paciente não melhore apenas com as medidas iniciais, pode ser prescrito algum tratamento medicamentoso, utilizando drogas antimuscarínicas ou drogas beta-agonistas. Uma reavaliação deve ser feito após 8 semanas de tratamento. Caso o paciente não apresente melhora, há outras opções de tratamento, que são mais invasivas, porém mais eficazes também. Pode-se lançar mão da Injeção de Toxina Botulínica (Botox) na bexiga. Da mesma forma que na pele, ela deve ser re-aplicada a cada 6 – 9 meses.

O procedimento requer uma sedação em Centro Cirúrgico. Outra opção, cada vez mais utilizada por sua eficácia e não necessidade de re-aplicações, é a Neuromodulação Sacral. Na Neuromodulação Sacral um eletrodo é implantado na raiz sacral S3 (foto1). Este eletrodo vai atuar promovendo estímulos elétricos nos plexos sacrais, ocasionando uma modulação da via neural, com o objetivo de tratar tanto disfunções vesicais e intestinais. O procedimento também requer uma sedação em Centro Cirúrgico. Desta forma, a Bexiga Hiperativa, doença que prejudica bastante a qualidade de vida, tem várias opções de tratamento.

 

 

Sobre o autor:

Rommel Prata Regadas, MD, PhD, é Professor Adjunto da UECE e UFC e Urologista da Urology / Instituto Hipólito Monte

 

 

 

 

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