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A Catedral de Notre-Dame de Chartres

A Catedral de Notre-Dame de Chartres, sede da diocese da cidade de Chartres- França, localizada a 80 quilômetros de Paris, é uma catedral católica romana considerada a mais representativa da arquitetura gótica.

Exibindo um estilo gótico clássico, a Catedral de Chartres foi construída no início do século XIII, sobre as ruinas de uma antiga catedral românica que, em 1194, havia sido destruída por um incêndio.

A tragédia deixou os habitantes da cidade inconsoláveis, acreditando que a Sancta Camisia, suposta túnica sagrada que Maria usava ao dar a luz a Jesus e que protegia a cidade, havia sido consumida pelo fogo.

Após três dias do incêndio, a túnica foi encontrada intacta na cripta carolíngia da catedral e exibida em procissão pelo bispo. O fato foi interpretado pelos moradores como um aviso de Maria para que se construísse um abrigo melhor para a Sancta Camisia. Em menos de 30 anos foi erguida a nova catedral. Esse fato, realmente, foi o verdadeiro milagre de Chartres.

Em outubro de 1260, a catedral foi finalmente consagrada na presença do rei Louis IX (São Luís). Em 1594, Henrique IV da França foi sagrado na referida catedral. Aliás, Henrique IV foi o único monarca coroado em Chartres, pois quase todos os outros foram sagrados na Catedral de Reims. Do século X ao século XIX, 32 reis da França foram coroados na Catedral de Reims.

Conhecida como “A Bíblia de Pedras”, a Catedral de Chartres exibe o mais importante e conservado conjunto de vitrais do século XIII. São 176 vidraças que constituem a maior superfície do mundo, 2 600 m2 de vitrais dos séculos XII e XIII. São todos originais e cada um deles conta uma história da bíblia ou de um santo.

Local de Peregrinação, a catedral ostenta o título antigo de monumento histórico. Além disso, está entre os primeiros monumentos inscritos na Lista do Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Transcrevo, abaixo, um trecho da famosa “Carta de Paris”, feita pelo Professor Rosemberg ao Dr. Tarantino, em 18 de junho de 1988, em que ele se refere à Catedral de Chartres.

“Terminada esta visita, é claro que vem o desejo de admirar um monumento gótico intacto até hoje, pois todas as igrejas da França de Alemanha (inclusive a catedral de Colônia) e de outros países, sofreram, no tempo, reformas, restaurações etc. A própria Notre-Dame, tão estética, que tinha na frontada 28 estátuas renascentistas dos reis de Judá e de Israel foi danificada. Elas foram arrancadas pela plebe durante a revolução (Ah! a cultura das massas!) que as confundiu com os reis da França; as que hoje estão lá são reconstituídas ou cópias. Vamos, pois, dar uma esticada a Chartres, saborear a única catedral gótica pura desde o século XIII. Por raro acaso escapou do vandalismo, das revoluções dos bombardeios de duas guerras mundiais. Que dignidades ostentam suas duas torres! A da direita é ainda românica e a da esquerda é gótica pura, porque houve um intervalo de cem anos nas duas ereções. Entremos. No semiescuro permanente, vislumbramos no pavimento esculpido o labirinto que os fiéis percorriam de joelhos para penitenciarem-se das fornicações com as servas e com as donzelas devotas. Como são magníficos esses vitrais fabricados há 900 anos com o célebre “azul de Chartres” cuja fórmula permanece desconhecida. Na portada há esta maravilha de estatuárias contando a vida de Cristo. Depois desse banho de arte gótica, partamos para outras pedidas.”

 

dra. ana

 

 

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg, médica CRM 1782-CE, historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

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