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Não vacinado é 10 vezes mais propenso a ser hospitalizado pela variante Omicron

Pessoas não vacinadas, podem ter 10 vezes mais chances do que pessoas totalmente vacinadas, de serem hospitalizadas pela variante Omicron da COVID-19, sugere um grande estudo conduzido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Os dados, que incluíram quase 200.000 hospitalizações associadas à COVID-19 em 13 estados americanos, também mostraram que os pacientes vacinados e hospitalizados, eram mais frequentemente mais velhos e já lidavam com outras condições de saúde, em comparação com pacientes não vacinados e hospitalizados, relatou a principal autora Dra. Fiona P. Havers do CDC em Atlanta.

“Ao contrário de relatórios e páginas da web publicados anteriormente, este estudo relata as taxas de hospitalização por estado de vacinação e características clínicas e demográficas de pacientes hospitalizados, começando com o período em que as vacinas se tornaram disponíveis, e inclui comparações de pessoas não vacinadas, pessoas vacinadas com uma série primária sem uma dose de reforço, e aqueles vacinados com uma série primária e pelo menos 1 dose de reforço”, escreveram os pesquisadores no JAMA Internal Medicine.

No total, os pesquisadores revisaram 192.509 hospitalizações, envolvendo pacientes com 18 anos ou mais. O período do estudo foi de 1º de janeiro de 2021 a 30 de abril de 2022. Os dados foram relatados mês a mês, mostrando que a taxa de internação mensal relativa atingiu o pico em maio de 2021, quando foi 17,7 vezes maior para indivíduos não vacinados versus vacinados (com ou sem reforço).

Para explicar as diferenças no curso clínico entre as variantes Delta e Omicron, os pesquisadores também analisaram dados classificados em dois períodos: julho-dezembro de 2021 (Delta predominante) e janeiro-abril de 2022 (Omicron BA.1 predominante). Essas análises revelaram o maior risco de hospitalização apresentado pela Delta. Especificamente, pessoas não vacinadas tiveram 12,2 vezes mais chances de serem hospitalizadas pela variante Delta do que pessoas vacinadas, com ou sem reforço, versus 6,8 vezes pela variante Omicron BA.1.

Estudo mostra o poder da dose de reforço

Um olhar mais atento aos dados da Omicron BA.1, mostrou o poder de uma dose de reforço. De janeiro a abril de 2022, os indivíduos que foram totalmente vacinados com uma dose de reforço, tiveram 10,5 vezes menos probabilidade do que os indivíduos não vacinados, de serem hospitalizados pela Omicron BA.1. Além disso, as pessoas que receberam reforço, tiveram 2,5 vezes menos probabilidade de serem hospitalizadas pela Omicron BA.1, do que as pessoas que foram vacinadas, mas pularam o reforço.

“As altas taxas de hospitalização em não vacinados, em comparação com pessoas vacinadas com e sem dose de reforço, ressaltam a importância das vacinas COVID-19 na prevenção de hospitalizações, e sugerem que o aumento da cobertura vacinal, incluindo a cobertura da dose de reforço, pode prevenir hospitalizações, doenças graves e morte “, escreveram os investigadores.

O estudo também revelou que os pacientes hospitalizados vacinados, eram significativamente mais velhos, em média, do que os pacientes hospitalizados não vacinados (mediana, 70 vs. 58 anos). Eles também eram significativamente mais propensos a ter três ou mais condições médicas subjacentes (77,8% vs. 51,6%)

“Uma proporção maior de casos de hospitalização entre pessoas vacinadas, ocorreu em indivíduos com fragilidade médica que eram mais velhos, mais propensos a residir em instituições de longa permanência, e tinham três ou mais condições médicas subjacentes, incluindo condições imunossupressoras”, escreveram os pesquisadores.

Novas variantes superando os dados, as vacinas permanecem essenciais

Enquanto os dados de abril de 2022 sozinhos, mostraram uma taxa de hospitalização 3,5 vezes maior entre indivíduos não vacinados versus vacinados com ou sem reforço, dados mais recentes sugerem que cepas emergentes de Omicron, estão colocando mais pessoas no hospital.

Um relatório recente do CDC, mostrou taxas semanais de hospitalização subindo de 20 de março a 31 de maio de 2022, o que coincidiu com a predominância da variante Omicron BA.2 mais recente. Embora as pessoas não vacinadas ainda tenham cerca de 3,5 vezes mais chances de serem hospitalizadas do que as vacinadas, as taxas gerais de hospitalização aumentaram 3 vezes para pessoas com 65 anos ou mais, e 1,7 vezes para adultos com menos de 65 anos. Adicionando ainda mais complexidade a essa situação em constante evolução, a Omicron BA.2 se juntou às linhagens BA.4 e BA.5, para as quais as vacinas já estão disponíveis.

No artigo publicado no JAMA Internal Medicine, no relatório do CDC, e em um comentário para este artigo, o CDC ofereceu a mesma mensagem para levar para casa: vacine-se.

“Essas descobertas reforçam pesquisas anteriores, que ilustram como a vacinação fornece proteção contra hospitalização devido à COVID-19”, disse um porta-voz do CDC. “As vacinas COVID-19 comprovadamente ajudam a prevenir doenças graves de COVID-19, e todos com 6 meses ou mais devem manter-se atualizados com as vacinas COVID-19”.

Referente ao comentário publicado na JAMA.

 

Autor:
Dr. Dylvardo Costa Lima
Pneumologista, CREMEC 3886 RQE 8927
E-mail: dylvardofilho@hotmail.com

 

 

 

 

 

 

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