A voz do Cariri médico sobre as eleições do CREMEC chega ao Jornal do Médico, onde em uma entrevista exclusiva e reveladora, a renomada Profa. Liliany Medeiros, pediatra e neonatologista (CRM/CE 7018, RQE 2931), preceptora do Internato de Neonatologia da Faculdade IDOMED Estácio de Juazeiro do Norte, Coordenadora da UTI Neonatal do Hospital Maternidade São Lucas, Juazeiro do Norte e Presidente da Regional Cariri da SOCEP – Sociedade Cearense de Pediatria, compartilhou conosco com exclusividade, as suas opiniões acerca do pleito para a próxima gestão do CREMEC.
Jornal do Médico – Na sua perspectiva, qual a importância da participação ativa dos profissionais de medicina nas eleições do CREMEC? Como isso pode influenciar nas políticas e ações do conselho em prol da categoria?
Profa. Liliany – Em se tratando que é um Conselho que nos representa e nos protege, é essencial que conheçamos todos os candidatos e suas propostas de melhorias para nossa classe. Temos que escolher colegas que realmente lutem por nossas causas. A política do CREMEC deve ser em prol do bem comum dos médicos e não de grupos isolados nem muito menos de partidos políticos.
Jornal do Médico – O CREMEC tem um papel relevante na fiscalização do exercício profissional. Na sua visão, quais as principais áreas ou situações que demandam uma atenção especial do conselho nesse sentido? E como você acredita que a atuação do CREMEC pode contribuir para preservar e aprimorar a qualidade da prática médica?
Profa. Liliany – Acho que uma fiscalização e visão mais apurada deve ser dada às revalidações e à qualidade de atendimento nas unidades básicas de saúde, onde são atendidos a maioria dos brasileiros, e onde a qualidade do atendimento deixa a desejar, podendo prejudicar a saúde de quem depende desse serviço.
Jornal do Médico – Com o considerável aumento do uso das redes sociais na área médica, quais são suas considerações sobre a ética no uso dessas plataformas nos últimos tempos? Como você avalia a participação do conselho para garantir uma divulgação responsável e adequada nas redes sociais?
Profa. Liliany – Considero as redes sociais uma ferramenta revolucionária e muito importante na acessibilidade da população a profissionais de todas as áreas e de toda parte do mundo que, sem ela, não seria possível esse acesso tão amplo. Mais informações educativas chegam até a população e é muito difícil o CREMEC ter controle sobre isso. Uma maneira de manter o máximo de ética médica seria oferecer cursos permanentes aos médicos, orientações via e-mail, acho que seria uma forma das informações chegarem a todos.
Jornal do Médico – A Lei do Ato Médico completou 10 anos, porém, temos visto recentemente a atuação de profissionais de outras áreas da saúde, principalmente na estética, que realizam procedimentos exclusivos dos médicos de acordo com essa lei. Como você avalia a atuação do conselho nesse cenário? O que poderia ser implementado para reforçar a fiscalização e coibir esses pseudo médicos?
Profa. Liliany – Informações constantes devem ser dadas à população para explicar os perigos de procedimentos que parecem simples, mas que requer um conhecimento mais aprofundado de anatomia e fisiologia. Também investigar denúncias desses profissionais e acionar seus respectivos conselhos para coibir possíveis práticas danosas à população.
Jornal do Médico – Como você avalia a presença do CREMEC na região em que você atua profissionalmente? Há alguma lacuna que você identifica e que possa ser preenchida pelo conselho?
Profa. Liliany – Acho que o CREMEC deve olhar mais para o interior do Estado, onde os profissionais trabalham com tantas dificuldades. Ter mais reuniões, cursos, ouvir mais os profissionais.
Jornal do Médico – Por fim, gostaria de oferecer um espaço para livre declaração. Existe algum assunto ou opinião que você gostaria de expressar sobre as eleições do CREMEC ou qualquer outro tópico relacionado à saúde? Sinta-se à vontade para compartilhar suas considerações.
Profa. Liliany – Primeiro quero falar aos colegas médicos, que analisem bem os candidatos a nos representar. Depois, desejaria que mais do que nos fiscalizar o CREMEC nos ajudasse a ter direitos trabalhistas. Muitas vezes fica a impressão que só temos deveres, cumprir a ética, não causar danos aos pacientes, não ser reconhecido quando cumprimos nosso papel 99% das vezes e sermos massacrados com 1% de falha. Mas não temos direito a férias, 13º salários, insalubridade, aposentadoria digna se não pagarmos uma previdência privada ou juntarmos dinheiro. Somos uma classe que trabalha até morrer ou ficar inválido, deixamos tantas vezes de estar com nossa família para cuidar da família dos outros, deixamos nossa saúde de lado, entramos tantas vezes em estafa física e mental, porque se não trabalhar não ganha. O que desejamos é MAIS DIGNIDADE AO TRABALHO MÉDICO.
Mais sobre a entrevistada:
Natural de Natal- RN, graduação e Residência Médica pela UFRN, Lilianny Medeiros Pereira tem todo o trabalho pediátrico dedicado ao Ceará, desde 1998, onde tenho orgulho de fazer parte desse grupo de grandes profissionais Cearenses. Leva o nome de Juazeiro do Norte e do Ceará pelo Brasil e pelo mundo em um trabalho exclusivo e pioneiro de Reabilitação Neurológica de recém-nascidos asfixiados, sendo apresentado em Congressos, Cursos e artigos. Possui Pós-graduação em Pediatria Integrativa, Neuropediatria e Psiquiatria da Infância e Adolescência. Mestranda em Neurociências.
Eleições CREMEC 2023, Cobertura Jornal do Médico
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