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Dor da decisão

Há momentos na vida, que muitas pessoas ficam absortas no redemoinho e no íntimo de seu sofrer ou meditar, e jamais criam ou sentem coragem de sair da caverna da dor, da angústia, da depressão, da provação, da paralisia horripilante que impossibilita ou prejudica a ação. E ficam no marasmo da mesmice; esse lugar as estacionam num ritmo repetitivo de um vazio desgastante, similar ao efeito de estar num labirinto sem saída; ou numa volta sem fim, e com perene revolta. Compreender a dor (ou valor) da decisão de reter, traduzir, entrever, ou entender o melhor caminho a seguir, adquirir novos hábitos para ingressar numa esfera de veredas que a boa espiritualidade é capaz de dirimir, e transformar o que deve e precisa ser transformado, sem dúvidas, é tratado pela beleza e certeza da boa ação. Por que é tão difícil mudar..?? Chegar perto do abismo da loucura, ou das inquietações severas do psiquismo, é factível de acontecer mesmo em quem se considera portador de uma mente equilibrada e serena.

 

Há sim, uma necessária necessidade de decidir mudar, quando ingressamos na crise, ou em algum recinto que não nos permite bem-pensar (aliás, crise é um termo que deriva da palavra grega kRISIS, que significa decisão). Há pessoas que sofrem quando não sofrem; e há os enigmáticos, valiosos e excepcionais seres, que aprendem e crescem na derrota, se alteram positivamente diante do sofrimento, da privação ou reprovação, e ensinam o valor da portentosa vida que carece ser vivida na paz do coração, e na abundância vinda do consciente da alma (mesmo apesar dos pesares que a dor faz). Nessa reflexão, falo de soslaio, sobre cidadãos que precisam deixar de ser ajudados, para verdadeiramente se ajudarem. Nas crises existenciais ou nos deslizes que a caminhada da vida traz, é imperioso decidir o que deve ser decidido; ainda que traga medo, pavor e outras coisas mais que travam os campos do amor. Vejamos leveza, mesmo na dureza; e beleza, na leve natureza. Tudo que abre e renova a consciência merece a nossa paz”ciência”.

 

A mudança, sem dúvida, dança com nossa mente nos limites e nas indecisões, e quando estamos arrastados ou confrontados por temores inquietantes. Apesar do peso, do apreço, e do preço da tomada de decisões é fundamental entendermos que elas são difíceis; muitas vezes, porém, absolutamente indispensáveis e imprescindíveis. E por que será que uma decisão é factivel de se tornar tão difícil ou dolorosa..?? Porque ela mexe no mais intimo senso do existir de cada um de nós, na nossa capacidade de adormecer ou acordar a criança emocional que balança na rede do pensar, e pelo real motivo de entender que a dor que constrói, cala ou evapora a dor que dói..!! Enalteçamos o valor da decisão certa, daquela que faz a dor voar, da que dilacera medos, e nos encaminha pelos atalhos da paz. Decidamos ser mais fortes e corajosos do que imaginamos ser. Há ações pequenas (supremas, ou mesmo sutilmente invisíveis) que mudam tudo para sempre. Aprendamos a entender essa dor; por tudo que ela reluz. A boa decisão traça no rasgo do tempo, a alegria do presente e a magia de um bom futuro.

 

 

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