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Está…natologia

Estudar os enigmas e mistérios que a morte nos causa, é está…cionar o pensar no sublime e exuberante valor da vida. Como ficamos e como deveríamos permanecer quando somos fulminados pelas intempéries que esse fim (inicial ou derradeiro) concebe ao nosso caminhar..? Gradativamente, tenho ciência que quanto mais ingressamos na cognição de abraçar e trabalhar o efeito erosivo da morte na mente, mais somos contemplados pela completude da compreensão, do que significa entrar na fileira desse peregrinar. A vida é um passeio, que muitos fazem sem perceber razão ou sentido; sem enlevar uma missão ou fruto para plantar; sem saber a semente da paz e do amor que precisam fazer germinar. E esse jornadear é lento, mas se acelera quando menos esperamos, ou quando a tocha do medo, da imprevisão, e da indecisão acende o fogo da impermanência. Muitos têm medo da morte e, ao mesmo tempo, não sabem o valor da vida..!! Qual o mistério maior que elas trazem, produzem, geram e fazem no nosso pensar..?? Está…natologia está nas livrarias; nas almas que flutuam pelos deleites da consciência; nas histórias que viajam nos velórios; nas mentes brilhantes de Colin, Tavares, Ruiz, “Natomy”, e Luiz; nas fascinações, cantos e encantos que pescamos do viver.

 

 

Quando esticamos, estendemos ou alongamos a nossa impossibilidade de nos sentir abraçados pela sombra do penar, e demoramos a aprender o que ela está a nos ensinar, deixamos sim, que essa foice derradeira do fim, nos domine e nos prive de viver o verdadeiro valor do presente. Isso nos impõe a necessidade de readaptação ou re”gis”significação que a morte oferece. “O luto é o preço que se paga pelo amor, e por uma vida feliz”. Há pessoas que vivem calvários semelhantes ao tormento de se sentirem mortos ainda vivos, enquanto estão por aqui; e apesar do peso do pesar que tanto pesa no pensar de quem perde, não conseguem contornar ou controlar o padecer que sofrem, e demoram a se está…bilizar; e vivem um pesadelo sem fim e sem tempo de acordar. Lutar o luto também é liquidar o imposto por amar; é uma provação que, por nascer (e viver), carecemos aceitar. Controlemos os demônios e as turvas trevas que afetam a mente, no instante que, de repente, ela é tocada pelo indesejado. Alguns interesses enclausurados na poeira do tempo renascem, ressuscitam, renovam-se ou ressurgem, quando acontece a morte de pessoas amadas. Nesta situação precisamos captar a nossa dis(posição) para entendê-la, ou decifrá-la. “Talvez, a realidade da morte de alguns seja igual a concretude da vida de outros”.

 

 

A perda ou a provação nos condiciona entender que nada será como antes; mas tudo deve retornar ao prumo do bom, que vem adiante. Elas também oferecem uma transformação de nos transformar naquilo que nunca imaginamos ser. Que tenhamos em vida, uma relativa liberdade de pensar, e de bem decidir a gangorra do livre arbítrio, que é oferecida no caminho das decisões do nosso viver..!! Ficar enjaulado ou algemado pelo sofrer quando perdemos, ou ficar enclausurado pelas frestas e arroubos que a morte traz, é factível de nos “sepultar” ainda vivos, ou de tirar nossa capacidade de sonhar e mudar. Mesmo que seja duro e castigante, há sim a necessidade de controlar, aceitar e contornar esse ar de desarmonia, e essa nuvem passageira, que muitas vezes, parece nunca querer passar. Sob o mar da morte existem muitas indagações e segredos, e até mesmo, bolhas de um gigante corte, e um tanto de sorte. Está…natologia é retirar a máscara da lágrima perdida, e se banhar pela dadivosa essência de sublimes e sinceras amizades; fala desse aprender continuo de entender e enaltecer a vida, pelo enlace da decifração e ação da morte; e é um gesto de homenagem e gratidão a todos que fizeram, fazem e farão, a fragrância da doce vida valer a pena. Vi(vamos) a existência que merece o re(viver)…

 

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