Em uma entrevista reveladora e exclusiva, o renomado Dr. Welilvan Landim, médico atuante no município de Brejo Santo, região cariri cearense, compartilha sua perspectiva sobre o papel do CREMEC na área e os desafios que aguardam a próxima gestão do conselho. Com eleições marcadas para os dias 14 e 15 de agosto, o médico traz insights valiosos sobre o futuro do conselho em um momento de eleição 100% digital pela internet. Prepare-se para conhecer os bastidores da atuação do CREMEC na região e as expectativas para a nova gestão!
Jornal do Médico – Qual sua opinião da importância de um conselho de medicina para a saúde?
Dr. Welilvan – A saúde é um bem universal, um direito assegurado, inclusive na nossa constituição e que precisa ser buscado e garantido em todas os seus meandros. Cabe aos conselhos, especialmente o de medicina, pugnar para que os realizadores das práticas de saúde ajam sob princípios éticos e o façam em condições adequadas. O conselho precisa ser composto de membros que sirvam de exemplo para a classe, e que tenham a grandeza de serem guardiões da boa prática, sem personalismo e com discrição. Todas as profissões têm bons praticantes e maus profissionais, além disso se erra consciente ou inadvertidamente, por imperícia, imprudência ou negligência, então os médicos necessitam da supervisão de um grupo de isentos para que se enxergue criticamente os pares e as instituições, dando bom rumo à prática de saúde.
Jornal do Médico – A Região do Cariri há muitos anos vem ganhando notoriedade como grande polo formador de médicos, logo, qual sua avaliação quanto a participação do CREMEC junto às faculdades de medicina na formação destes profissionais? O que poderia ser implementado?
Dr. Welilvan – O Cariri historicamente sempre foi um centro cultural, com vida própria, sotaque próprio, fincando resistência no centro do Nordeste, equidistante das capitais. Passando a ser um centro médico formador, aumentou a nossa responsabilidade. As faculdades precisam reconhecer e enaltecer os bons praticantes da região incorporando-os e deveriam manter permanente busca da qualidade ética, seja no cotidiano da sala de aula, seja no contato com os pacientes.
Ao conselho se impõe a tarefa de se aproximar da academia, estimulando para que a disciplina de Deontologia seja vivida e exemplificada nos seis anos da graduação e puxando os discentes e docentes para próximo ao conselho, para que haja melhor compreensão das consequências das atitudes profissionais no dia-a-dia. Seria muito interessante a realização de sessões periódicas de estudantes no conselho e visitas sistemáticas às faculdades para interação com a academia.
Jornal do Médico – Como você avalia a presença do CREMEC no Cariri? O que mais deveria ser feito?
Dr. Welilvan – A assistência à saúde tem crescido e se tornado mais complexa muito rapidamente. Aqui a mudança tem sido célere, com a chegada de muitos profissionais e novas instituições. O conselho precisa acelerar as instruções, o aconselhamento, a fiscalização e eventuais punições, para acompanhar as mudanças, mormente na mídia digital e nas interfaces profissionais que surgem. Precisamos trazer a mídia profissional para próximo do conselho, através de encontros informativos e de uma transparência sóbria e responsável.
Jornal do Médico – As redes sociais são um fato consumado no uso de profissionais médicos para se divulgarem perante ao público, no entanto, é notório algumas práticas que podem se tornar uma maneira não ética, mas que de certa maneira acaba conquistando pacientes/consultas/atendimentos. O que a nova gestão deveria implementar para reforçar em coibir está prática que fere o CEM da Publicidade Médica?
Dr. Welilvan – Realmente os abusos são muitos e como em outras áreas, que não a médica, a internet precisa de ter choque ético e legal. O disciplinamento tinha que começar preventivamente na faculdade. Acho que se poderia pensar em usar a própria mídia digital para informar claramente o que é errado, de maneira clara e objetiva. Exemplo: “O médico não pode divulgar especialidade sem estar inscrito no Conselho, com o número do RQE exposto”, “O médico não pode expor o paciente ao fazer sua propaganda”, etc.
Os meios de comunicação oficiais deveriam ser chamados para conhecerem as normas emanadas pelos conselhos, tornando-os cooperativos. Enfim, novas formas de agir deveriam ser incorporadas, já que são novos tempos e a ética está sendo ameaçada de maneiras diversas e inusitadas.
Jornal do Médico – A Lei do Ato Médico está completando 10 anos, no entanto, o que temos visto ultimamente são de outras áreas da saúde, principalmente na estética, profissionais não médicos realizarem certos procedimentos, cujo os quais são garantidos a exclusividade do médico em função da lei do ato médico. Como você avalia a atuação do conselho nesta situação? O que poderia ser implementado para dar mais reforço em coibir estes pseudo médicos?
Dr. Welilvan – A interface com outras áreas profissionais sempre é fonte de conflitos que são melhor resolvidos com o diálogo.
O estabelecimento do ato médico baliza legalmente as ações profissionais, após o que a área jurídica se impõe firmemente.
A firmeza visa defender a vida e o bem-estar dos pacientes da má prática e também consolidar a excelência do trabalho médico, por isso se impõe. Deveríamos estimular as iniciativas de denúncia, implementar mais fiscalização, pedir a ajuda dos conselhos correlatos e por último agir juridicamente.
Jornal do Médico – Espaço para suas considerações finais.
Dr. Welilvan – É muito salutar que muitos nomes respeitáveis e experientes se proponham a compor o conselho, que é honorífico, não remunerado e requer doação de tempo e boa vontade (abnegação). Os bons nomes impõem respeito e geram confiança, para atuação em área tão conflituosa em que a experiência é muito importante para as soluções.
Eleições CREMEC, cobertura especial Jornal do Médico
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