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Preço do tropeço da perda

É caríssimo, caríssimo leitor, ficar preso pelo preço do peso que pagamos em estacionar nossa mente ante as perdas indesejadas; essas que flutuam no pensar e que fazem penar a consciência, no processo de contornar o que deve ser contornado. Muito caro também, é o desperdício do tempo, ou o ganho que ganhamos pelas escolhas certas, e pelas profícuas decisões da vida. É pesado para o pensar, procrastinar o que não deve ser atrasado, e adiar dia a dia o que não carece ser postergado. O tropeço da perda oferece um padecer diferente, um atalho reticente, e a certeza, de uma necessária renovação. Pequenas grandes mudanças são factíveis de trazer um sublime alento no pensamento. Mínimas ações, sempre serão mais mutantes do que extraordinárias intenções. Nos instantes das perdas, pesquemos com a isca do tempo e com o anzol das ações, o valor das oportunidades, e da necessária transição e readaptação.

 

Até que ponto, as pessoas estão dispostas ou atuantes para tentar enfrentar o que maltrata, e para concentrar-se na disciplina, no efeito da boa vontade, e na constância que salva e resgata? Estacionar no marasmo da mesmice e protelar o que não deve ser protelado é um prato cheio para saciar a fome da acomodação, e não traz a transformação desejada e nenhuma solução! A consciência, ou, até mesmo a nossa sonolenta inconsciência, frequentemente, mantém o pesadelo da repetição, de repetir-se repetitivamente o que não oferece qualquer renovação! Continuar no mesmo e querer obter resultados diferentes é o mesmo que andar a esmo sem rumo, no devaneio e na ilusão; ou significa também, querer encontrar o prumo da cura de uma doença tomando um remédio errado, com uma dose inadequada, e sem orientação. E sobre o embaraço do luto, que resiste relutante na mente? Eita que luta furiosa, indócil, ou gloriosa – “crescer, amadurecer, e superar-se; sempre, até o último suspiro”.

 

 

Tudo tem um preço. A balança da espiritualidade tem um custo gigante na ruina da perda. Talvez, o que não esteja à venda tem um valor ainda maior do que imaginamos! O merecimento pelo que fazemos deveria trazer o reflexo do que batalhamos para conseguir. Lembro duma reflexão de Albert Camus que diz: “o éxito é fácil de obter; o difícil é merecê-lo”. Ao mesmo tempo, digo que talvez, a mudança que desejamos não seja assim tão fácil ser executada; pois, é muito complexo (apesar de necessário) converter ou trocar o que nos estaciona na zona de conforto, e se lançar a fazer o que nos condiciona estar na pista da disciplina, da perseverança, e de tudo que nos faz metamorfosear e que nos traz boas andanças. A tríade que mais mexe no psiquismo é constituída por três interessantes essências (e pesos): perda, mudança e medo. A vida é uma sublime aventura que precisamos aproveitar, mesmo apesar do pesar do peso e do preço, da perda e do penar.

 

 

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