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Sumos do Ego

Os rumos e prumos do que fomos, somos, fizemos, teremos, éramos, faremos, tivemos, seremos, temos, criamos, sentimos, geramos, ou pensamos são constituídos e alicerçados pela força e energia provenientes dos sumos do ego. E o que seria esse ego que abordo nessa descrição..?? O ser humano e seu constituinte caráter, é formado, transformado ou deformado pelos efeitos, feitos e defeitos oriundos da inadequada ou profícua capacidade de trilhar os trilhos, ladrilhos ou brilhos vindos do ego. Aqui, faço e falo uma citação ao Pai d’égua fundador da ideia do ego, Sigmund Freud, e suas considerações, teorizações e racionalizações semeadas no mundo, acerca desse tema. Na tópica que consideramos mais moderna”mente”, ele definiu a constituição da mente em três grandiosas estruturas: id (onde se idealiza o princípio do prazer – há tantos id’otas no mundo), ego (o senso da razão, que considero mais intensamente nessa redação), e superego (que para muitos é um dominador, tutor do dever, policiador e julgador contumaz). Imagino e especulo, cada pessoa formatar a sua teoria e missão sobre o ser e o fazer da mente; e ser feliz com a alegria que brota dessa razão – mesmo sem precisar saber o que é o saber; e não ter sofrer, e estar sereno no seu dever.

 

O ego(é)ista com a gente quando somos agentes das fúrias do mal e da autodestruição, abraçamos o individualismo e a vaidade exagerada, nadamos na soberba, ou quando não acatamos verdadeiramente o valor do bem-servir. Eu me refiro também ao poder de não querer perdoar, de não conseguir desculpar, de não ser capaz de colocar-se no lugar alheio, ou não saber frear os devaneios dos incontrolados desejos, de migrar por caminhos de culpas agigantadas, e um sofrer reticente sem limites e sem sapiência. O ego é um delineador (ou pelo menos deveria ser), e um moderador, que precisa ser treinado pela energia do autoconhecimento e pela esfinge formada a partir da força da paz e do amor. Ele alberga o sol da harmonia, ou o inferno do calor da briga, do conflito e do atrito. Use seu saber e viver, para servir e aprender (o que merece ser compreendido). Pergunto sem querer ouvir respostas; desejando porém, que a solução emudecida, ou mesmo a umedecida pela vergonha e honra ferida, mude pessoas de maneira positiva. Quando o ego conseguir enxergar, vai utilizar as bengalas (virtudes, nobreza, retidão, generosidade e gentileza), que o ajudam a caminhar, para não ficar cego ao que deve ser mudado, como um sublime alicerce de novas e renovantes transformações. Tenhamos cautela com as nossas vulnerabilidades, e com a infecunda sociedade das performances (onde vivemos). Criemos egos cheios de paz, da aceitação de limites, e do sereno equilíbrio emocional.

 

Rememoro o ego que não sabe calar, que não sabe o que é o vencer pelo silenciar, que grita calado pelo louvor da paciência, ou que não escuta a beleza da real consciência; essa que nos mantém na esteira da eterna essência que carecemos alentar e nutrir. Como é ruim ficar empanzinado pelo desconforto de ter que beber, com frequência, a sopa da inquietação psíquica; o degustar que jamais é preparado ou condimentado pelos temperos da paz e do amor. Os sumos do ego fala disso – do perdedor contumaz ou do vencedor eterno; de quem alimenta desesperança, ou é regenerado pelo entusiasmo; das pessoas que baldeiam a sua alma, ou daquelas que fazem valer a pena o viver; de quem dá fermento à tristeza ou, considera e condecora a alegria. Uma querida terapeuta assim me ensinou, traduzindo e tocando o sentido do ego – “quando entendemos a nossa insignificância encontramos mais significado”. Presumo, que o resumo mais importante deste sumo, seja formado por um sentimento único – o AMOR. E aqui, faço uma honraria ao Pai da psicanalise quando disse: “a psicanálise é, em essência, uma cura pelo amor”. Quanto mais eu imagino que sei, menos sou ou serei minha real essência. O ego traz o sumo do que você sente e o poder do seu agir; use-o corretamente; sejamos um fascinante manancial de bom afeto e estima, no mundo. “Faça a vida valer a pena”.

 

 

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