Fila da Luta

Qual a sua posição na fila da luta, da vida? Onde se esconde a capacidade e possibilidade de adiar nossa passagem para o enigmático lugar do além? O que fazer para acobertar valores e bons amores na relva do paraíso terrestre, se a fila anda e, mais adiante não teremos o poder e a condição de apaziguar pela nossa ação e missão o sofrer e o penar que eles terão, ou que viveremos? Cada pessoa reverencia um tempo no seu existir; que façamos da nossa existência um caminho para enaltecer esse tempo, espaço e ser, que estão aqui..!! A fila andou e anda a todo o momento; algumas vezes corre. Vigiemos as nossas ações e as pessoas que escolhemos para ficar do nosso lado; e nos acautelemos com as tormentas que vêm relacionadas à situações do pretérito (culpas, erros, arrependimentos, e outras coisas que corroem o psiquismo). O passado quer ficar presente; bate à porta do agora e tenta nos afrontar; tem porém, que reconhecer o seu lugar..!!

Neste texto, de soslaio e sutilmente, em trocadilho com o leitor (como num trocar as cartas de um baralho, num transmimento de pensação, ou transmissão de pensamento), faço a referência também de algumas pessoas que nos provam e provocam, invadem sem razão e sem noção a nossa índole de bem viver e sentir, fazem questão de agredir e liquefazer a alegria; induzem pelo seu malquerer, odiar, e malévola ação, que reflitamos ainda mais inquietantemente sobre o peso da lágrima, do medo, da perda, da solidão, do limite e da sofreguidão; alguns que andam na contramão da fila do tempo. Pessoas que insistem em machucar, que não se contentam em ponderar, que chamam atenção pelas lamúrias e grosserias que transbordam do seu falar; seres que frequentemente querem ser mais do que são, e perdem-se no mar da amargura pensando que venceram; e sofrem, em vão. Esses que testam a nossa capacidade de entender (e nem sempre aceitar) as agruras da vaidade, que a idade não corrige; e que são ricos de pobreza da alma.

Estamos na fila desse transitar continuo, e não sabemos quando vamos passar para o outro lugar (que se concebe ser mais aprazível, menos desgastante e, soberbamente, deveras cativante). Algumas vezes, ela estaciona e ficamos a espreitar o sol “caos”tigante da indecisão, da dúvida, do temor e do pavor que o amor desconhece. No passear, lento ou apressado, vamos perdendo pessoas, mais jovens ou mais velhas, essas que cruzam nossas encruzilhadas, e pelo seu agir e ser, nos fazem fazer a vida valer a pena. A experiência, filha do tempo, vai nos ensinando a engrossar o cangote do saber; e maravilhados pela saúde e pelo poder, pessoal e alheio, trazemos o apreço do que vamos aprendendo no peregrinar dessa fila. E enlevamos a cortesia elevando o preço da gentileza e da alegria. A morte é o ápice da vida; e nos induz a questionar e a entender, o sabor do amor e do valor que semeamos em nosso viver. Pensemos sobre o vigor das filas e dos filhos, cheios desse amor, da gratidão, da bondade e do que muda o mundo positiva”mente”.

Quando estivermos a espreitar o fim que se aproxima, jamais alimentemos em nós o peso do arrependimento, ou da equivocada escolha..!! Por isso mesmo, precisamos nutrir a todo o momento, uma rígida (mas não espinhosa) habilidade de decidir, e a valiosa noção de formar uma sublime essência do ser, que no futuro muitos copiarão ou captarão. Façamos o bem, sempre; alimentemos a fé, sempre que possivel; louvemos as pessoas que estiveram e estão do nosso lado; essas que farão o peregrinar da fila ser um alento e um sustento em todo nosso viajar. Que esse texto, seja também um despertar, para aqueles que se comportam como se fora da fila estivessem. Qual a importância do nosso agir para valorizar a nobreza dessa fila? Qual o maior ensinamento que os batentes, aclives ou declives dela nos concebe? Onde você está nessa fila? E como estarás quando ingressares no desfiladeiro do fim derradeiro?

Filhos da luta, aprendizes do andar dessa fila, ou quem quer que seja…!! Meditemos sobre o valioso tesouro escondido da nossa missão, e sobre a nossa essência maior – cheia de amor no coração.

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