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Apreciação Crítica – La Celestina de Pablo Picasso

Descrição Técnica

Título – La Celestina

Autor – Pablo Picasso (1881 – 1973)

Ano – 1904

Técnica – óleo sobre tela

Dimensões – 81 x 60 cm

Localização – Museu Picasso – Paris – França

Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno Maria de los Remedios Cipriano de la Santissima Trinidad Ruiz y Picasso, conhecido como Pablo Picasso, nasceu em Málaga – Espanha (1881) e faleceu em Mougins – Alpes Marítimos – França (1973), onde viveu a maior parte de sua vida.

Picasso, um dos mais importantes artista do século XX,  foi pintor, desenhista, escultor e gravador. Ele é considerado, ao lado de Georges Braque, o fundador do cubismo. Picasso deixou um legado monumental de quase 50.000 obras de arte: 1.885 pinturas, 1.228 esculturas, 2.880 cerâmicas, 7.089 desenhos, 342 tapeçarias, 150 cadernos e 30.000 gravuras.

No começo de sua carreira artística, Picasso teve duas fases: azul e rosa. Na fase azul, ocorrida entre 1901 e 1904, em Barcelona e Paris, sua pintura era quase monocromática. As obras dessa fase evidenciam a alma depressiva de Picasso por ter perdido um grande amigo, Carlos Casagemas, e pelas dificuldades econômicas enfrentadas no começo da carreira.

A cor azul, em vários tons, revela a melancolia do artista. Os temas dessa fase, relacionados à fome e à miséria, são: velhos doentes, meninas de rua, ladrões, mães com filhos, prostitutas e outros; enfim, os que vivem à margem da sociedade.

Na tela “La Celestina”, pintada em 1904, em Barcelona, Picasso plasmou uma velha em um fundo azul, com a cabeça coberta por um véu preto. As pálidas bochechas têm um leve toque cor de rosa. O quadro chama a atenção pela cegueira da personagem. Seu olho esquerdo está coberto por uma membrana opaca leitosa e seu olhar perdido no infinito.

Esta pintura, considerada emblemática da fase azul de Picasso, teve como modelo, Carlota Valdívia, uma cafetina de Barcelona, amiga do pintor. Picasso batizou sua obra de: “Retrato de Carlota Valdívia” e, posteriormente, a rebatizou de: “La Celestina”, em alusão à uma, também, cafetina, figura clássica da literatura espanhola do século XVI.

A referida obra literária, de 1499, atribuída a Fernando de Rojas, foi escrita durante o reinado dos reis católicos da Espanha e teve dois nomes: Comedia de Calisto y Melibea e, depois, Tragicomedia de Calisto e Melibea.

Celestina, personagem de uma das obras da literatura espanhola e universal, foi imortalizada, magistralmente, em uma das telas de um dos gênios da pintura, Pablo Picasso.

 

Fortaleza, 19 de março de 2021

 

 

dra. anaAutora: Dra. Ana Margarida Arruda Rosemberg, médica, historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina e conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

 

 

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