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Gangorra

Num vai e vem, do leitor e do escritor, do aprendiz e do professor, do ser servil ou do que será, gangorreia-se o tempo e a preciosa magia da escrita, e do que dela virá. Nesse texto, lembro o balanço do sofrer e do prazer, um dia de alegria, outro de questão; um dia parado, outro, de ação. Um momento para lembrar, ou para esquecer. Vaga ilusão de viver, ou gratidão do resistir. Muitas pessoas transportam em si esse balanço do sentir; variação no senso e no sabor do existir.

Que os momentos bons sejam bem guardados na memória; pois, eles serão alicerces da superação quando a tristeza passear na mente – assim observo, e espalho no arremedo de palavras a literatura do bem servir. Há pessoas que têm a boca amargurada, que destilam ódio e tristeza no seu caminho; outras, são bálsamos de luz, estímulo, incentivo, arrimos de paz, e destruidoras de espinhos. Imagino a louca loucura da busca da cura da doença, que testa nosso senso de resistir, aceitar, iludir, insistir, e persistir.

A gangorra do teste e do que se entende; da firmeza ou fragilidade, da certeza ou da dúvida; da dívida ou do pagamento. A flutuação do medo e da coragem; da vontade e do destino; do tempo que se quer ver avante, mas que precisa ser percorrido. Gangorra da força que fica eternizada no pensamento alheio; e do descrente, que evapora na poeira do tempo de todos nós. No alvorecer da manhã o que se escondeu na noite é factível de renascer, ou ficar eternizado no estacionamento do passado. A gangorra da vida nos oferece provações e nos amadurece; ou nos faz superar tentações e, algumas vezes, nos emudece.

 

 

Autor:

Russen Moreira Conrado
Cirurgião plástico e psicoterapeuta

 

 

 

 

 

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