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Mulheres buscam a blefaroplastia quando o acúmulo de gordura e o excesso de pele atrapalham a maquiagem

Blefaroplastia vai além da estética e pode corrigir a ptose palpebral. A avaliação incorreta pode levar a resultados insatisfatórios

 

Uma das cirurgias mais procuradas em tempo de pandemia tem sido a blefaroplastia, cirurgia realizada para a retirada de excesso de pele das pálpebras, associada, muitas vezes, ao tratamento da gordura localizada nessa região, onde formam as famosas bolsas de gordura. A blefaroplastia também pode ser associada ao reposicionamento da sobrancelha, que pode estar caída.

A cirurgia pode ser realizada na pálpebra superior, retirando a pele e gordura que acumulam na pálpebra, ou na pálpebra inferior, retirando o excesso de pele e gordura, ou até reaproveitando e reposicionando essa gordura para preencher depressão que forma na borda da órbita. Nesse último caso, o corte pode ser externo, acompanhando a linha dos cílios, ou interno, quando só se retira o excesso de gordura.

Indicação de blefaroplastia: A cirurgia pode ser indicada de forma reparadora, quando há obstrução visual no canto superior do olho por causa do excesso de pele. Os pacientes, na maioria das vezes, estão acima dos 60 anos.

“Mas há também pacientes que fazem essa cirurgia bem mais jovens devido ao histórico familiar, até mesmo com menos de 40 anos. A blefaroplastia estética é realizada, na maioria das vezes, por mulheres que se queixam da dificuldade de fazer a maquiagem, passar o lápis de olho, devido ao acúmulo de pele. Além disso, a blefaroplastia rejuvenesce e como as pessoas estão usando máscara por causa da pandemia, os olhos ficam mais em evidência”, conta o Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Pacientes que estejam em uso de anticoagulantes ou possuam alguma comorbidade, é preciso que a doença esteja controlada antes de fazer a cirurgia.

Segundo o Dr. Amato, o procedimento é considerado simples e pode ser feito até mesmo com anestesia local. Porém, dependendo da extensão da cirurgia, é utilizada a anestesia geral.

“É muito importante ressaltar que pacientes com flacidez na pálpebra inferior podem necessitar de uma fixação lateral chamada de cantopexia, para fixar e ajudar a sustentar a pálpebra inferior. Isso porque, a retirada de pele ou apenas o processo de cicatrização, sem essa sustentação, pode expor a esclera, parte branca do olho, e prejudicar a lubrificação do olho, causando lacrimejamento e olhos seco. Por isso temos esse cuidado nesse tipo de cirurgia”, explica Dr. Fernando Amato.

Já na pálpebra superior, o corte fica na linha da dobra. Geralmente, a cicatriz é quase imperceptível. Não é uma cirurgia dolorosa, mas se estiver associada a outros procedimentos, o paciente pode ter algum incômodo e dificuldade de fazer as suas atividades diárias. Algumas recomendações do Dr. Fernando:

 

  •     Não forçar a visão com televisão, computadores e celulares;
  •     Lubrificar o olho com colírio frequentemente é outra recomendação importante na recuperação.

 

Pós-Operatório: Apesar de não doer, há inchaços que podem durar até três semanas, contudo, muitos pacientes conseguem retornar às atividades em até sete dias. Os pontos são retirados no 7º dia.

Contraindicações: O cirurgião plástico comenta que a avaliação incorreta do paciente pode prejudicar o resultado. “É necessária uma anamnese completa. Por exemplo, há pessoas com ptose palpebral (queda da pálpebra superior), que atinge o músculo responsável por levantar a pálpebra. Existem também as doenças sistêmicas que precisam ser investigadas. A cirurgia não é apenas uma blefaroplastia, ela precisa ter a correção e o reposicionamento desse músculo. Em resumo, não é uma contraindicação, mas é preciso que o especialista tenha atenção a esses detalhes”, comenta Dr. Amato.

O mesmo acontece com a sobrancelha, explica Dr. Fernando. O paciente pode estar forçando-a demais, formando as rugas frontais na testa de forma exacerbada, o que acaba resultando no levantamento da pálpebra. Nesses casos, também é preciso fazer o reposicionamento da sobrancelha e não apenas a retirada de pele.

 

 

Conteúdo com a participação do cirurgião geral e plástico, Fernando C. M. Amato  (CRM: 133826-SP – RQE Nº: 51573 – Nº: 51436) 

 

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