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Pandemia e psicoterapia

Desde o fim do primeiro trimestre do ano de 2020, quando a pandemia na China estava sendo vencida (primeira onda), já se vislumbrava um pandemônio do efeito das inquietações psíquicas, por lá e por onde mais ela haveria de passar; isto é, aqui e em todo lugar. Por variados motivos que florescem dos seus inconscientes e de suas novas realidades, muitas pessoas viveram ou viverão mudanças indesejadas no seu psiquismo. O domínio do inconsciente (que é o principal ator, diretor e personagem dos bastidores de nossas ações e pensamentos), curiosamente, é factível de representar o domínio da própria mente, e da vida propriamente dita. Precisamos retirar a máscara do medo e enfrentá-lo. Esse momento exige o aprimoramento de nossa responsabilidade e da capacidade de ressignificação e adaptação. Passando a pandemia da dor, necessitamos disseminar com fervor e sem temor, a pandemia do amor.

Gandhi sempre disse: “o amor é a energia mais sutil do mundo”. Com ele, enraizado no cerne das ações e no centro da tempestade da dor, até mesmo as pessoas que ingressarem no inferno do sofrimento, nele, pelo demônio serão expulsas. Existem mais de 400 tipos de psicoterapia. Cada uma tem seu valor e indicação. Nem todo paciente é para toda terapia; nem toda terapia é para todo paciente. Lembro da ciência maior que pesquisa o inconsciente, a psicanálise, que foi criada por Freud em 1896; cuja sublime essência representa a cura pelo amor, e que, etimologicamente significa decomposição do psiquismo em partes – psyche (psiquismo), aná (partes) e lise (decomposição). Algumas pessoas, que sofrem cisões na mente, definem a psicanálise como uma “ciência pequena”, pois os resultados da melhora, de paciente para paciente, e em tempos variados, não são absolutamente similares; sempre questiono, entretanto, como se outorga a ela esse codinome, de “ciência pequena”, se a psicanálise trabalha com o inconsciente, o objeto mental maior e mais precioso, e importante de qualquer pessoa (do mais simples ser, ao mais sublime cientista conhecedor do saber)?

Inconsciente é um termo que deriva do alemão e que significa desconhecido. Nesse momento de crise (esse vocábulo se origina da palavra grega krisis, que quer dizer decisão), qual a nossa ação e intervenção para transformar o mundo interno e externo, que queremos para todos? Misturo a filosofia japonesa com a “Russeniana” que afirmam: nada dura (tudo passa), nada é completo (tudo é faltante) e nada é perfeito (tudo tem algo a ser feito). Qual o segredo para atravessar a parede da dor? Para encontrar a chave, a fechadura e até mesmo a porta que nos encaminha para o olimpo da quietude psíquica? Na luta do luto, ou do momento de perda e mudança indesejada, decerto, a vida, os afetos e a magia do tempo participam de maneira importante da superação. Que algumas dessas palavras cortem mentes sofridas e diminuam o risco de desumanização, que norteia o dilacerante abismo, ou o paraíso mental de muitos seres. Que nesse novo tempo aprimoremos coragem e esperança – todas banhadas num profícuo mar de amor.

 

A coluna Momento de Reflexão é publicada

aos sábados

Com a assinatura do Dr. Russen Moreira Conrado

Cirurgião Plástico e psicoterapeuta CRM: 5255-CE

RQE Nº: 1777   – RQE Nº: 1811

 

 

 

 

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