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Cirurgia Minimamente Invasiva

O conceito de cirurgia minimamente invasiva se destina aos procedimentos onde são utilizados os orifícios naturais (boca, ouvido, uretra, vagina e ânus) ou são feitos pequenos furos para abordar a cavidade abdominal, torácica, pescoço e articulações. Evitando grandes incisões e com isto tendo menor resposta inflamatória ao trauma cirúrgico, causando menor dor pós-operatória, cicatrização mais rápida das feridas, menor aderências entre as estruturas anatômicas, menor risco de formação de hérnias da parede abdominal, retorno mais rápido às atividades laborativas e esportivas, melhor qualidade de vida, além do componente estético, um benefício importantíssimo, principalmente para as mulheres. Assim, grandes procedimentos operatórios (como retirada do estômago, do rim, do baço, do útero, do pulmão, gastroplastia para obesidade mórbida) que eram realizados com grandes incisões, passam a ser executados por pequenos orifícios.  

Como exemplo clássico, temos a endoscopia digestiva alta, exame feito pela boca do paciente, onde se estuda a cavidade oral, o esôfago, o estômago, o duodeno, o intestino delgado, o pâncreas e as vias biliares. Além da prevenção e diagnóstico das doenças, como câncer, gastrite, esofagite, hérnias de hiato, pode também fazer o tratamento, ao retirar pequenos tumores, estancar sangramentos, extrair corpos estranhos como moeda, espinha de peixe. 

E outro exemplo é operação mais executada no mundo, a retirada da vesícula com cálculos (colecistectomia). Na cirurgia aberta (laparotomia) eram realizados grandes cortes na parede abdominal, de 10 a 15 centímetros de extensão. Com a vídeo laparoscopia utilizam-se pequenas incisões de 0,5 a 1 centímetros, que passam despercebidas depois que cicatriza totalmente. 

Houve quebra do paradigma: 

– Grandes cirurgiões, grandes incisões!

Com a inovação técnica (avanço no treinamento e na progressão das habilidades cirúrgica, domínio das endosuturas) e tecnológica (materiais e instrumentais, grampeadores, óticas, endoscópios), passa a ser:

– Grandes cirurgias, pequenas incisões!

A via de acesso minimamente invasiva exige tecnologia avançada, pois os aparelhos passam a ver e apalpar a anatomia humana, onde os olhos e as mãos do cirurgião não conseguem chegar. O manejo dos instrumentos endoscópicos e robóticos, tem suas peculiaridades. Melhoram a ergonomia, a precisão dos movimentos e ampliam a intuitividade tendo a interface da computação entre o paciente e o cirurgião. Trata-se de novo ambiente de trabalho, com curva de aprendizado e adaptação mais longa, exigindo mais estudo, treinamento, experiência, conhecimento científico para progressão de habilidades e proficiência necessárias para absorção de conceito psicomotores: visão bidimensional na videocirurgia e tridimensional na robótica, estereotaxia, ambidestria, movimentos invertidos (efeito fulcral), hapticidade, resistência e resiliência. A absorção dos conceitos psicomotores de vídeo cirurgia é ensinado no Curso lato sensu de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica,  do Laboratório de Habilidades Cirúrgicas, do Centro Universitário Unichristus, em parceria com o Colégio Brasileiro de Cirurgia (CBC), Sociedade de Cirurgia Vídeo Laparoscópica e Robótica – SOBRACIL, e Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Capítulos do Ceará,  para residentes da área de cirurgia e jovens cirurgiões que necessitem avançar na sua proficiência e  expertise da técnica operatória.

A endoscopia, a videotoracolaparoscopia e a robótica juntas estabelecem o avanço tecnológico de acesso minimamente invasivo, oferecendo mais eficácia e segurança, e padrão-ouro na indicação dos procedimentos cirúrgicos. O tempo menor determinou menor risco de morbidades, complicações e menor índice de mortalidade.  Baseado na experiência do passado, o futuro já está presente, com a ciência e a tecnologia a serviço da humanidade.

Autor: Dr. Luiz Moura é Cirurgião do Aparelho Digestivo, professor do Centro Universitário Unichristus, CRM/CE 3225

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