Pai – chão do amor

Na benevolência e no caminho do tempo, a energia do pai é traduzida como uma deslumbrante seiva da origem do nosso existir. Pai alimenta uma grandeza que não sabemos definir; é um brilhante alicerce e semente da mente do porvir. Pai amigo, irmão, forte, suporte, porte e sorte do persistir. Pai presente, coração, paixão, chão de amor, que tem uma valia que a essência da escrita não consegue exprimir. No abandono ou na flama da separação, que flui reticente, rápida e atroz, ainda assim tem sua presença, fragrância e voz; sutil e feroz, do desprezo, choro e solidão; ele fez uma missão – por isso, muitos estão aqui; agradeça também essa situação. Nesse texto enalteço, sobretudo e sobremaneira, o pai presente, louvor, chão de valioso vigor, que nos ensina e nos faz exaltar a vida que tem nobre fervor.

Pai zelador, que mesmo não tecendo o desejo do filho persiste semeando luz na cruz dos seus novos rumos. Pai, exemplo de estima, apego, afeto e respeito; base para copiar, repetir e se espelhar. Pai dedicado e ouvinte, que na perda é arrimo, ombro amigo e consolo; no ganho, é firmeza, alegria, pai”chão” de magia. Pai protetor, que sofre com a ausência e se alegra com a presença; que exalta o amor que nada pede em troca; que troca a dor do filho pela lágrima que grita e pela mente que chora. Pai libertador, que com ação ou sem reação exprime o desejo de ajudar; que exorta o feito do filho, mesmo com algum suave defeito; que enaltece o persistir e faz valer a pena o existir. Pai, sublime vigilante, que deixa saudade, e todo dia rega no fruto descendente, a flor do amor, da cor e do odor, que imaginamos ter e ser no mundo. Pai provedor, que tece a gratidão do perseverar, do gritar e perdoar; do silenciar e prosseguir.

Todo tipo de comentário, gratidão ou escrito, que fizermos para posicionar o pai no pedestal da benévola e onipotente vivência e louvor, ainda torna-se minúscula locução, para expressar e definir sua importância e poder. Aqui, falo dos pais que são saudade, notável amizade, de respostas encontradas e falas amansadas; dos pais reencontro; dos ausentes com sua demência e dos presentes pela nossa essência. Posiciono e coloco no pódio dos merecedores e credores, o Pai Cristo, Deus e Salvação. Aprecio, destaco, condecoro e considero, com decoro e decência, os pais que jamais serão esquecidos; enfatizo e lembro dos genitores que passaram e daqueles que jamais passarão.

Esse texto é uma ode ao Pai; é um agradecimento celeste do meu irmão gêmeo, que não consegue falar, explanar ou declarar por palavras sobre o seu reconhecimento e merecida distinção; é uma premiação que os filhos do Mundo concebem a tantos pais que nos ensinaram pelo seu lavor e pelo seu valor, a fascinante essência da vida que vale a pena ser testemunhada, vivida, e agradecida. Pai – chão do amor.

coluna Momento de Reflexão é publicada

as segundas-feiras com a assinatura do

Dr. Russen Moreira Conrado

Cirurgião Plástico e psicoterapeuta CRM: 5255-CE

RQE Nº: 1777   – RQE Nº: 1811

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