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Passado do futuro

Neste texto discorro um pouco sobre o que devemos fazer para não ingressarmos nas frestas da acomodação e do sofrer, quando estivermos envoltos nas consequências do abismo das perdas. Sobre alguém amado que partiu para o mundo celestial penso como é duro saber que seu corpo corre somente em pensamento, e suas palavras fluem apenas no vento da lembrança. Presente. Esse momento atual que recebemos por estarmos vivos deve ser ressignificado com o imediatismo relativamente veloz; pelo nosso bem e de todos que caminham conosco nossos passos.

 

Desde criança tenho a concepção que aquilo que aparece na mente ante as perdas indesejadas representa talvez, um dos maiores enigmas da mente humana. Na fluidez desse entendimento busco encontrar saídas para que o aceite da dor da perda seja mais suave, mais breve, aprazível e imperturbável; mais leve, mais rápido e eficaz que nossa capacidade de conquistá-lo (esse que todos nós temos em determinado tempo, espaço e situação). Existe muito mais na vida do que o presente de nossos pensamentos, atos, emoções e voz; precisamos acordar para a imensidão que se esconde em nós, na perda; e despertar a foz do psiquismo adormecido.

 

Lembrando uma reflexão do poeta Belchior, quando disse numa canção: “no presente, a mente, o corpo é diferente; e o passado é uma roupa que não nos serve mais”. A roupa que não nos serve mais deixa lembranças, marcas, fotos, até mesmo seria factível de ser reutilizada por outras pessoas. Cada ser tem o seu passado, e também tem o modo especial de acolher, compreender e transformar sua capacidade de ver e viver o futuro (consequência do que o presente oferece). Nesse texto falo sobre esse presente; presente presente na vida de todos nós; que devemos aproveitar, mesmo apesar dos pesares do peso que não sabemos pesar. É por aí…

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