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Divino privilégio

Tratar, acolher, ajudar e confortar pessoas com mentes sofridas. Existe algum sagrado ou indescritível privilégio maior, que esse concebido aos que amenizam, suavizam e aquietam as dores dos sofredores de inquietações psiquicas? Sobretudo, e principalmente, quando nosso acolhimento conduz para o abrandamento dessa “morte em vida”, que acontece no psiquismo de algumas pessoas seladas por um árduo e abundante sofrimento? Ver a melhora, o renascer, o ressuscitar e o ressignificar – que sublime honraria e deleite para o tratador. Somente quem tem a noção de alcançar a reticente e persistente angústia do sofredor (algo que flutua na cabeça do deprimido com seu desvalor), terá a capacidade de saber sobre esse soberano privilégio; de resgatar quem sofre demais, de males da mente. A prerrogativa maior também é fazer que o desafortunado e castigado ser da mente doente entenda que TUDO PASSA; até mesmo aquilo que ele imagina que não passará.

Todas as missões laborais têm uma sagrada atuação. Talvez, a tarefa e o dever de bem servir e amar sejam os dois encargos e ofícios maiores, desde o nascer até o raiar do sol do morrer! Conceber ser divino e precioso esse dom de tratar, que fuja do entendimento das pessoas ser uma iniciativa narcísica; apenas é, e pronto. Até porque, somente sabe ainda mais intensamente o valor desse poder, quem, de fato, executa essa missão. Resgatar pessoas para o ingresso na “caixa da vida” (de onde temos a energia para louvar o valor do existir), é, sem dúvidas, uma extraordinária aptidão. Desencarcerar cidadãos da masmorra da alma para o caminho do conforto, da aceitação e do equilíbrio mental é um grande trunfo e triunfo. Ofereçamos prazer, paz, palavras de alívio, ouvidos para escutar, incentivo para acalentar, um silêncio inteligente e piedoso.

Ter a mente sofrida por inquietudes psiquicas, angústias e por um penar que não se entende é deveras amargurante. Todos que assim estão, precisam saber e perceber que têm alteradas e afetadas, no seu comportamento, três habilidades humanas que são muito comprometidas (abordei no texto “PAM PAM PAM PAM”, como num processo mnemônico lembrando a quinta sinfonia de Beethoven) – Pensar, Amar e Mudar. Repito – o dote, magia, talento ou atributo para ouvir pessoas com algum nível de aflição, transtorno mental ou severa agonia é deveras sublime, valioso e gracioso. Consolar ou curar a loucura e a procura que gangorreia na mente doente é magistral; um nobre gesto de caridade. Louvemos a gratidão e a dádiva de cuidar. Faz bem fazer o bem. Tenho pensado (e escrito) sobre isso…

 

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