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Sem Tabu: 6 perguntas que você sempre quis fazer sobre câncer, respondidas por um médico da área

Anualmente, no mês de fevereiro, países do mundo todo se unem em ações de conscientização sobre as medidas de combate ao câncer, doença que mata mais de 8,3 milhões de pessoas por ano. Conhecida como o mês de Combate ao Câncer, a data foi demarcada em 2005 pela União Internacional para o controle da doença e, desde então, tem trazido para o debate público internacional, temas relacionados a sintomas, cuidados, prevenção, tratamento e outros fatores que envolvem a enfermidade.

De acordo com a associação brasileira Todos Juntos Contra o Câncer, o ano de 2023 marca a segunda etapa da campanha focada em ‘Fechar a lacuna de cuidados’ unindo indivíduos, organizações, defensores e formuladores de políticas públicas para pedir mudanças e agir contra a doença. As principais ações relacionadas à iniciativa são compartilhadas diariamente no site World Cancer Day, dentro do qual a gestora, União Internacional para Controle do Câncer, dá destaque à necessidade de se falar mais sobre a doença, para conscientizar cada vez mais pessoas, de modo que elas possam adotar os cuidados necessários e ajudar outros indivíduos.

Quando se fala sobre câncer, no entanto, medo e tristeza são sentimentos frequentes e, por estes e outros motivos, as perguntas que precisam ser feitas para aumentar a conscientização sobre a doença, muitas vezes, acabam se perdendo em meio à insegurança. Em ação alinhada aos objetivos da campanha mundial, a Dra. Patricia Braga Cavalcanti, médica oncologista que atua na rede de clínicas AmorSaúde, associadas ao Cartão de TODOS, responde aos 6 questionamentos mais frequentes da população brasileira sobre o câncer. De acordo com a médica que atende nas unidades da AmorSaúde de Itanhaém-SP, Praia Grande-SP e São Vicente-SP, falar sobre o câncer sem tabu, contribui não só para que as pessoas adotem hábitos mais saudáveis que ajudam a evitar a doença, mas também para a quebra de estereótipos que, muitas vezes, dificultam etapas essenciais como o diagnóstico e o tratamento.

 

1- Apesar de ser uma doença que muitas vezes associamos a fatores genéticos, em fevereiro, o mundo todo fala em hábitos que podem combater o câncer. Isso indica que fatores externos podem fazer com que a doença seja desenvolvida? Quais são esses fatores?

Ao contrário do senso comum, o câncer é mais frequentemente associado a fatores ambientais –  de exposição a determinada situação ao longo da vida – do que a fatores genéticos. Quando a genética está envolvida, também ao contrário do que o senso comum prega, as causas da doença estão mais associadas ao indivíduo, do que a uma mutação genética familiar. 

Os fatores mais conhecidos que podem ocasionar o surgimento de cânceres são: exposição solar, especialmente antes dos 30 anos, envolvendo queimaduras, vermelhidão e/ou bolhas; tabagismo; etilismo; consumo de gorduras saturadas, embutidos e enlatados; e, de acordo com descobertas recentes, a obesidade e o sedentarismo.

 

2- Quantos e quais tipos de câncer existem atualmente?

Atualmente, existem mais de 200 tipos diferentes de câncer e a doença pode se desenvolver em qualquer órgão do corpo, tendo em vista que está ligada a células e elas são elementos presentes em todo o organismo humano.

 

3 – Quais são os 3 tipos de câncer mais comuns e quais são os que possuem maior  taxa de mortalidade?

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, os tipos de câncer mais comuns são o de pulmão, o de mama e o colorretal. Juntos, eles afetam cerca de 6 milhões de pessoas por ano. Já os com maior taxa de mortalidade são o de pulmão, o colorretal e o de estômago, que causam mais de 2,5 milhões de mortes por ano.

 

4 – Existem sintomas comuns apresentados por pessoas com diferentes tipos de câncer? Caso existam, quais são eles?

Os sintomas de um câncer variam de acordo com o local de aparecimento e do tipo de câncer. Como dentro desse termo incluímos doenças muito diversas, seria impossível enquadrá-las juntas. Cabe destacar, no entanto, que é bastante comum que no início do desenvolvimento da doença ela seja assintomática, sem nenhum indicativo que a pessoa está doente. Com a progressão e aumento de tamanho do câncer, algumas alterações chamam a atenção para que as pessoas busquem ajuda, sendo essas: perda de peso inexplicável, sangramentos como: vômito com sangue, evacuações com sangue, sangramento urinário ou na ejaculação, sangramento menstrual após menopausa; anemia sem causa aparente, sentir caroços ou massas pelo corpo, como mamas, axilas, pescoço ou virilha, aparecimento de manchas que não existiam antes, mudança do padrão das evacuações, além de dores que não melhoram, especialmente abdominais.

 

5 – Caso uma pessoa seja diagnosticada com câncer, qual o primeiro passo que ela deve tomar? 

Com o diagnóstico em mãos, o paciente deve pedir a indicação médica para que seja direcionado ao tratamento adequado. No estado de São Paulo, por exemplo, existe um programa chamado Rede Hebe Camargo – disponível de forma gratuita para todos. Caso alguém seja diagnosticado com câncer, no estado paulista, é necessário enviar uma carta de encaminhamento com os exames e o resultado da biópsia para a Rede, de modo que seja direcionado para consultas e centros de tratamento especializados. 

Alguns municípios contam também com programas próprios para direcionamento em alguns casos, como câncer de Próstata, cânceres de Pele, câncer de Colo Uterino ou de Mama. Sempre é interessante confirmar nas Unidades de Saúde se o seu município participa de algum programa desse tipo ou se o encaminhamento é feito pelo médico. 

 

6 – Existe um tempo médio para que o diagnóstico seja “precoce” ou depende do caso?

Não existe um tempo médio para um diagnóstico precoce. Quanto antes, melhor porque aumenta a chance de sucesso no tratamento. Por isso, é necessário realizar check-ups médicos com frequência.

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