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Ser e Esquecer

O que somos é reflexo de uma série de situações que acontecem na vida, da influência das pessoas que nos circundam, e do progresso das escolhas do caminhar. Perdas, medo e mudanças indesejadas são fatores que manipulam muito a consciência e, periodicamente, atiçam o escondido âmago do inconsciente (esse lado enigmático do psiquismo que é responsável pelo que sentimos, pensamos, agimos e fazemos). O ser que formamos é muito afetado pelo esquecer que não esquecemos; e, algumas vezes, pela cura que nossa mente procura para reduzir o sofrer. Freud, o pai da ciência que representa a “lise do psiquismo em partes” (definição da psicanálise), disse certa vez: “a cura não vem do esquecer; vem do lembrar sem sentir dor; é um processo”

Qual o artifício que a mente utiliza para esquecer, ou para não ser algo que maltrata? O que precisamos fazer na continuação do caminho do viver, quando a pedra da perda e o espinho no ninho atormentam a nossa simples condição de ser, perseverar ou continuar? O que somos quando temos? O que somos quando vencemos? O que somos quando perdemos amores ou pessoas que representam grandes valores no pensar? Como transformar nossa capacidade de refletir sobre o Mundo, para sermos mais felizes e íntegros na missão de existir? O tempo talvez seja o melhor remédio do esquecimento; mas, em si, no revelar, no relevar, e no não resolver, ele ensina e reflete que é prescrito em doses pouco terapêuticas ou curativas. Assim mesmo, vale a pena esperar ou aceitar; entender ou tolerar; superar ou acatar o esquecer; e esquecer de esquecer.

Abrir janelas do íntimo daquilo que perturba a alma, desarranja o espírito, e machuca o coração, representa fechar portas do sofrimento. Não podemos desver o que vimos, ou desviver o que já foi vivido. É difícil esquecer aquilo que o psiquismo e a vida fazem questão de lembrar; mas complexo ainda, porém, é viver a sofrer sem lutar para superar. O excesso do “SE” nos oferece ter muitos passados e pouco futuro. No extremo nível de angústia e penar, a resposta e a conquista de algo que desejamos esquecer é factivel de aparecer mais intensamente, no caminho e nos passos que trilhamos; não na masmorra que criamos ou onde estacionamos. Ser, viver e fazer! E o esquecer? Memorizemos o que disse a “mão vitoriosa da paz” (significado e etimologia do nome Sigmund Freud) – no fim do primeiro parágrafo. Para você que lê esse singelo escrito, essa parte é o que mais eu quero fazer lembrar – nesse texto onde falo sobre o ser e o esquecer.

 

 

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