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Igualdade nas diferenças

Todos nós somos diferentes, felizmente. Necessitamos considerar e acatar as desigualdades entre semelhantes. Até porque aceitar e impor verdades únicas geram conflitos que a mente sofre ou carece “trabalhar” mais intensamente para contornar. Cada pessoa, com sua constituição individual, profissional, familiar, espiritual e social forma (ou transforma) a sua capacidade de decidir e de escolher, que deve ser respeitada. O ser humano é farto para criticar e para ver dessemelhanças nos outros, e torna-se um inveterado julgador; e menos frequentemente é elogioso ou enlevador das qualidades alheias. Renovemos a liberdade, no meio da diversidade. Fiquemos presos ao que nos liberta.

O físico quântico Max Born disse a seguinte afirmação para nossa reflexão: “a crença de que existe apenas uma verdade, e de que você próprio está em posse dela é a raiz de todos os males do mundo”. Seria essa afirmação uma teoria individual? Ou, apenas uma pequena (ou falsa) verdade? Complemento nesse filosofar uma meditação de Nietzsche quando disse: “As convicções aprisionam, e são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”. Nesse detalhe de falar sobre opiniões, ideias e comportamentos distintos lembro sobre o prisma da religiosidade, da política e da esportividade (sobretudo, da “futílbola”). Com frequência criam-se desarmonias, diálogos agressivos, choques de essências, princípios diversos, e comunicações indelicadas – rememoro a meditação de um pensador que recomenda não se afetar com a opção e comportamento vindo do alheio – e questiono como fazê-lo, ou como aprimorar a inteligência emocional, para vivenciar essa realidade?

A bateria da conquista de saber interpretar, silenciar eventualmente, e aprender em todos os instantes, necessita ser recarregada ocasionalmente. O comportar-se com uma ideia fixa (que não concebe aceitar outra ideologia ou a multiplicidade de caminhos) é factível de ser retrato de algum “parafuso frouxo” que precisa ou carece ser trocado, lubrificado ou vistoriado? Esse texto não necessariamente é reflexo de uma verdade absoluta; é sim, um momento de reflexão. Toda concepção que conforta ou confronta com nosso pensar deve ser considerada, não necessariamente obedecida ou desprezada; até porque todos somos plurais nos pensamentos, e singulares nas escolhas. Tolerar as diferenças, aprimorar a arte da responsabilidade, e lapidar a valiosa essência da adaptação, é um grande sinal de inteligência, liberdade, maturidade e boa ação.

 

 

 

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