Médica e atleta cearense Jesoni Gruska, garante 3 medalhas em campeonato mundial no Japão

A cearense médica Ginecologista e Obstetra, Dra. Jesoni Gruska Benevides, disputou no período de 02 a 11 de agosto de 2023, o Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, no Japão que reuniu aproximadamente 10.000 atletas de 100 países/regiões diferentes do mundo para cinco modalidades de esportes aquáticos: natação, águas abertas, nado artístico, saltos ornamentais e pólo aquático. O torneio foi uma realização da FINA – Federação Internacional de Natação, que é responsável pelos campeonatos mundiais de esportes aquáticos e reconhecida pelo COI – Comitê Olímpico Internacional, com sede em Lausanne – Suíça.

Jesoni que carrega grandes feitos no esporte aquático no Ceará, Brasil e Mundial, trouxe na bagagem os seguintes resultados do Japão:

Vice-campeã Mundial com medalha de Prata nos 200m nado borboleta

Medalha de Prata no Revezamento Feminino 4 estilos

Medalha de Prata no Revezamento Feminino Livre

4º lugar nos 100m nado borboleta

15º lugar nos 50m borboleta

“Estou muito feliz com meus resultados. Retorno para casa com a sensação de dever cumprido. O Nado Borboleta, que é a minha especialidade, eu treinei em específico para as provas de Borboleta, e ficar entre os 10 primeiros do mundo era a minha meta.” Relata a médica atleta cearense.

Dra. Jesoni Gruska, vice-campeã mundial

Jesoni, que pratica a natação desde os seus 10 anos de idade, destaca que esses torneios requerem um grande preparo e disciplina, inclusive para o atleta máster de alto rendimento que é semelhante a preparação de qualquer outro atleta, onde requer acompanhamento multidisciplinar com profissionais especializados, como Técnico de Natação, Técnico de Musculação, Médico, Fisioterapeuta, Nutricionista e Psicólogo. Ela ressalta ainda os desafios para uma atleta “Manter-se Atleta é uma tarefa muito difícil, pois além de toda essa preparação ainda existe a preocupação com a vida normal, trabalho, família e casa.” Enfatiza a médica atleta.

A realidade no Brasil é bem diferente de outros país mais desenvolvidos, onde a questão do patrocínio faz uma certa diferença, “Infelizmente, a maioria dos atletas não têm patrocínio, a não ser nos países desenvolvidos, onde o esporte é levado a sério.”

O Japão foi generoso com todos os brasileiros envolvidos, pois mais do que conquistar medalhas, tiveram a experiência de vivenciar um pouco da educação e amabilidade do povo japonês. “Viagem maravilhosa, um capítulo importante na minha história. Obrigada Japão!” Finaliza Jesoni que contou com um pequeno apoio da Unimed  Fortaleza.

Mais sobre a médica atleta Jesoni Gruska Benevides:

Formada em Medicina pela UFC Universidade Federal do Ceará, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital Geral de Fortaleza-CE, Especialização em Saúde do Idoso pela UECE, e Medicina do Esporte pela Fisicurso (Universidade Veiga de Almeida). Autora do Livro: “Um Novo Começo, Atividade Física na Mulher da Terceira Idade” 2003. Colunista do Jornal do Médico. É atleta de Natação Master do Ideal Clube em Fortaleza-CE.

Principais marcas durante a carreira de médica-atleta até os dias atuais:

• Vice-campeã Mundial com medalha de Prata nos 200m nado borboleta, Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, Japão 2023
• Medalha de Prata no Revezamento Feminino 4 estilos, Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, Japão 2023
• Medalha de Prata no Revezamento Feminino Livre, Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, Japão 2023
• 4º lugar nos 100m nado borboleta, Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, Japão 2023
• 15º lugar nos 50m borboleta, Campeonato Mundial de Masters Aquáticos – Kyushu, Japão, agosto 2023
• Campeã e recordista nos 100m Borboleta, Campeã em outras 3 provas individuais e revezamento no Campeonato Brasileiro Mais-Mais em Fortaleza-CE, março 2023
• Campeã em 4 provas individuais com recordes em 3 delas e Campeã em equipe 2 revezamentos no Campeonato Norte-Nordeste e Centro-Oeste Master de Natação em Natal-RN, 2022 (pós-pandemia)
• Campeã Sul-americana nos 50m Borboleta em Assunção no Paraguai, 2019

• Recordista Sul-americana nos 100m Borboleta, 2017 (placa afixada no Ideal Clube de Fortaleza)
• 100 metros borboleta 55+ (1:22″52) Recorde Sul-Americano Piscina Curta
• 100 metros borboleta 55+ (1°23″75) Recorde Brasileiro Piscina Longa
• 200 metros borboleta 55+ (3°30*49) Recorde Brasileiro Piscina Curta
• 200 metros borboleta 55+ (3’24″20) Recorde Brasileiro Piscina Longa

• Campeã Pan-americana nos 100m Borboleta no Campeonato Pan-americano em Medellin na Colômbia, 2015
• Campeonato Cearense de Natação nos 100m nado Borboleta, (estava no sexto e oitavo mês da segunda gestação do filho Túlio, 1997
• 16ª colocação nos 200m nado borboleta, Campeonato Mundial de Masters de Natação na Inglaterra (1º mundial disputado) 1996
• Campeonato Cearense de Natação nos 100m nado Peito, (única nadadora grávida a vencer o torneio com o sexto e oitavo mês da primeira gestação da filha Nina) 1993
• Campeão Brasileira de Masters nos 50m, 100m e 200m nado Borboleta em 1991, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997
• Melhor atleta universitária do Ceará com o troféu FUCE Federação Universitária Cearense de Esportes, 1981
• Campeã universitária nos 100m e 200m nado Borboleta entre 1980 e 1983
• Atleta padrão do Centro de Ciências da Saúde da UFC, 1980
• Melhor índice técnico com o Troféu da Federação Cearense de Natação, 1978
• Melhor nadadora por 3 anos consecutivos do Náutico Atlético Cearense, 1977, 1978 e 1979
• Melhor atleta do ano com Troféu Jornal O Povo, 1977
• Terceiro lugar nos Jogos Escolares Brasileiros nos 100m e 200m nado Borboleta 1976 e 1977
• Campeã Norte-Nordeste de natação nos 100m Borboleta nas categorias Infantil, Juvenil A, Juvenil B e Adulto nos anos de 1974 a 1979

Curiosidade sobre a atleta:

Campeã Cearense nos 100m Nado Livre nas categorias Infantil, Juvenil A e Juvenal B, sendo que o seu forte sempre foi borboleta. O nado livre ou crawl sempre figurava entre os 1º, 2º ou 3º lugares. Eram muitos campeonatos e tinha atletas com o mesmo tempo, então havia campeonato em que ganhava por “batida de mão”, centésimos de segundos. Existia ainda os campeonatos infanto-juvenis e adultos, onde os novos podiam participar e os chamavam de campeonatos abertos ou adultos.

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