Instituído em 1973, o Plano Nacional de Imunização (PNI) comemora, em 2023, 50 anos de conquistas e avanços para a saúde pública no Brasil.
Uma delas é a consolidação da vacinação como um direito universal e gratuito para todos os brasileiros, que, assim, encontram proteção contra várias doenças.
De acordo com o médico sanitarista Álvaro Madeira Neto, gestor em saúde, membro do Conselho Municipal de Saúde de Fortaleza e consultor em medicina preventiva e social, o impacto positivo da vacinação é tanto que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ele pode ser comparado ao do acesso à água potável.
A saber, afirma, ambos são vetores importantes para o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, que saltou de 45,5 anos, na década de 1940, para 77 anos na atualidade.
Além disso, a vacinação erradicou várias doenças em todo o território nacional, como a varíola, a poliomielite, a rubéola, o sarampo, entre outras.
Também foi por meio do PNI, ressalta, que, mais recentemente, o Brasil rapidamente se destacou na cobertura vacinal durante a pandemia de Covid-19, quando comparado a grande parte dos países.
Para se ter uma ideia, até 28 de setembro de 2023, mais de 518 milhões de doses das vacinas contra Covid-19 foram aplicadas em todo o país, sendo mais de 23 milhões no Estado do Ceará, segundo o Vacinômetro da Covid-19, atualizado diariamente no site do Ministério da Saúde.
Agora, diante de mais uma Campanha Nacional de Multivacinação, com início no sábado, 30, no Ceará e em mais cinco unidades da Federação, o Dr. Álvaro Madeira Neto, mais uma vez chama a atenção para o papel crucial do PNI para a saúde pública no Brasil e para os desafios que o programa ainda enfrenta apesar de tantas vitórias.
“O PNI é uma prova viva de que políticas públicas bem elaboradas e executadas podem transformar a saúde de uma nação. Aos 50 anos, o programa enfrenta desafios, mas sua trajetória nos mostra que é possível vencer”, afirma.
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