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Coluna Momento de Reflexão – “Regis”tros de amor

“Faça a vida valer a pena” – em todo tempo e lugar, seja qual for o problema, mesmo com qualquer dilema – esse é o lema. Assim, meu irmão expressou sua ânsia de viver, e de ser resgatado à normalidade, quando estava envolto na terapia para fugir da doença que o ceifou. Enfrentou com garbor, mesmo com algum temor, o que fazia arder a alma, arrefecer o medo, aquilatar e pesar a calma de todos que o amam. A covid mexeu intensamente nas entranhas de muitas famílias, e deixou cicatrizes difíceis de serem curadas, disfarçadas, camufladas, ou apagadas. No mar de tantas notícias e de valiosas ações, meditemos sobre o que produzimos para semear alegria ou pavor, estímulo ou desamor, confiança ou amargor; acerca de tudo que fazemos e que propagamos na mídia ou em outros locais. Aprimoremos nossa responsabilidade e consciência social. Será que produzimos o certo, ou estamos sendo ludibriados pelas nossas inconsciências e ações, que pulverizam nefastas influências da ignorância, e/ou sôfregos abismos que escondem a esperança?

“Fique tranquilo meu irmão, eu vou voltar” – o furacão sem ar, causado pela Covid, o levou para outro enigmático lugar. No aceite do momento, da entubação, fez-se a coragem, a confiança, a entrega, a doação, e a certeza embutida da volta que aconteceria; e que também se manifesta nessa pequena redação. Nesse “regis”tro de amor há luz, esperança, crença no alento da alma, valorização do caráter, e o enlevo da existência, dos bons valores, do perdão e da gratidão. Nele perpetua-se também o apreço ao espirito, a doação, a simplicidade, o ato de bem servir sem medidas, e o aproximar-se com compaixão dos necessitados; assim, ou de qualquer jeito, busquemos os feitos e o efeito, para fazer valer a pena o viver. Entender as nuances ou sutilezas dos acontecimentos, muitas vezes, não é fácil; torna-se imperioso e necessário, entretanto, continuar avante – pelo bem do ser, do enaltecimento da vida, do engrandecimento da sublime vivência, e da boa essência humana. Aceitar, ressignificar, persistir, muitas vezes, representa o caminho único – que ele seja bem traçado no âmago da alma e no cerne do ser; mesmo que esteja enclausurado no mais escondido nó, ou no profundo embaraço da inconsciência. Vivamos a evidência do bem.

“Conhecenos pouco da vida, e devemos ser humildes diante do próximo e durante todo tempo que ainda possamos ter por aqui” – honestidade, humildade, verdade, fortaleza, coragem, gratidão e firmeza são importantes ações humanas que enaltecem a índole de todos nós. É penoso, mas é prudente e importante, aceitar o peso da falta de quem se ama. No caminho para entender o valor e o sentido da vida disfarçamos as agruras oriundas das provações e das privações, para que tudo tenha um sentido de existir. Quanto tempo ainda temos aqui? Façamos a vida valer a pena, e aprimoremos no nosso dia a dia, com muito amor (mesmo sem entender alguns acontecimentos), tudo que é factivel de ser empreendido.

Como eu redigi no texto “Furacão sem ar”, minha homenagem e gratidão ao meu irmão Régis; e a todos que nos ensinaram pelo seu silêncio, e no seu coração sem ar, a sublime expressão do valor do amor, e a alegria do sabor de amar. Até qualquer dia…

 

 

 

 

A coluna Momento de Reflexão é publicada aos sábados com a assinatura do Dr. Russen Moreira Conrado, Cirurgião Plástico e psicoterapeuta, CRM: 5255-CE – RQE Nº: 1777 – RQE Nº: 1811

 

 

 

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