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Hôtel Barbette – Marais – Paris

Por volta de 1300, Étienne Barbette (1250 – 1321), tesoureiro e conselheiro financeiro do rei Philippe IV le Bel (1268-1314), construiu uma casa em “Courtille Barbette”, uma propriedade agrícola que ocupava um quadrilátero formado pelas atuais: rue Vieille-du-Temple, rue des Francs-Bourgeois, rue Payenne e rue du Parc-Royal, no atual 3º arrondissement de Paris.

A casa foi equipada por Étienne, no início do século XIV, para se tornar uma residência de descanso fora da cidade. Após ser ampliada e embelezada, a simples casa de campo tornou-se um verdadeiro palácio.

Em 1306, a multidão revoltada com a valorização da moeda decidida por Philippe le Bel atacou as propriedades de Etienne Barbette, considerado responsável por esta situação.

Em 16 de dezembro, os desordeiros foram ao “Hôtel Barbette”, derrubaram as árvores e a casa foi saqueada. Em retaliação, em 28 de dezembro, o rei enforcou 26 desordeiros e seus corpos foram expostos em todos os portões da cidade.

Quando Etienne Barbette morreu, em 1321, o “Hôtel Barbette” e a propriedade, La Courtille-Barbette, foram vendidos.

A casa tornou-se uma das residências principescas mais populares nos séculos XIV e XV e foi ocupada pela rainha da França, Isabel da Baviera (1370-1435), e no século seguinte por Diane de Poitiers (1500-1566).

Isabel da Baviera mudou-se para o “Hôtel Barbette”, adquirido, por volta de 1401, de Jean de Montagu (1363-1409), para escapar dos ataques de loucura de seu marido Carlos VI (1368-1422), que residia em seu vizinho palácio de Saint-Pol.

Transcrevo, abaixo, um trecho da famosa “Carta de Paris”, feita pelo Professor Rosemberg ao Dr. Tarantino, em 18 de junho de 1988,  que fala no Hôtel Barbette.

Este outro hotel é o Barbette, internamente todo forrado de cetim roxo e foi de Isabeau da Baviera (tem seu túmulo na Igreja de St. Denis, onde já estivemos). Essa ardente rainha lançou a moda dos bailes de máscaras, os quais logo conquistaram os foros da maior suruba da paróquia. Aqui está o H. d’Abert; é o mais discreto dos que vimos, tem, porém, bela fachada barroca; sua inquilina foi a fogosa viúva do escritor Scarron. Fez amizade com Mme. Montespan do “entourage” de Luis XIV, sendo por este recebida tornando-se governanta de seus filhos bastardos. Rapidamente virou marquesa de Maintenon pela regra geral vigente: abrir as pernas para o Rei e acordar marquesa.

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda
Rosemberg, médica CRM 1782-CE,
historiadora, imortal da Academia Cearense de Medicina
e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

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