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Efeito da Fala

Qual a repercussão do que dizemos para outras pessoas, e até mesmo para nossa própria consciência, ante aquilo que sentimos, sofremos ou pensamos? Até que ponto a condição de calar é factivel de trazer e oferecer uma melhor energia no viver, em nosso caminhar, do que confortar-se com a necessidade de falar? Quando manifesto pela fala um pensamento que traz alguma carga de energia negativa, de sofrimento, de tristeza, de saudade perdida, e de lamento, fico a pensar – é melhor não falar? E no mesmo instante lembro de uma definição Freudiana que recorda ser a psicanálise (ciência que ele edificou a partir de 1896) uma cura pela fala. E outra reflexão, que Ele disse: “o homem é dono do que cala, e escravo do que fala”. Fale então; ou não? Filtremos nosso dissertar pela inteligência, pelo querer, pelo beneficio que fazemos ou trazemos, e pelo saber.

A mente cheia de conflitos ou inquietações, e de outras coisas mais que aparecem nas perdas, sofrimentos e desilusões da vida, aparenta ser uma caixa entupida, abarrotada, superlotada, saturada e sobrecarregada por pensamentos ou palavras, que necessitam ser desenjauladas. Essa saída da prisão (o efeito da fala) seria uma maneira de, teoricamente, esvaziar o psiquismo para outras coisas novas que virão. Aliás, essa definição seria apenas uma meditação de como funcionaria o jogo e a gangorra, das palavras ou do silêncio. Falar afirmações que escorrem no corrimão da vida é um alicerce para a vontade e para o desejo; nem sempre, porém, elas merecem (ou devem) ser pronunciadas.

Vejo entretanto, que a fala falada, frequentemente, desperta o gritante e insultante silêncio, que, algumas vezes, se esconde na angústia, ou na maltratante dor do abismo da incompreensão. Muitos têm necessidade de falar para exuberar seus feitos ou desejos; é melhor enobrecer a humildade silenciosa e controlar anseios. Palavra dita, pedra arremessada e tempo passado não voltam; e sobre o efeito da fala, da pedra e do tempo, quando argumentamos sobre o prisma do sofrimento? Eles sempre serão inadequados, ineficientes e indevidos; ou suportáveis, aceitáveis e oportunos? Aqui, não falo especificamente, do falar terapêutico. Apesar de tudo precisamos acreditar sobre o valioso valor da energia que a boa fala traz. O efeito dela, na maioria das vezes, bate nas janelas: da mudança desejada, da aceitação e da ressignificação. Louve-se a palavra carregada de amor. Que seja ressaltado o vigor da boa fala transformadora. É por aí…

Coluna Momento de Reflexão é publicada

as segundas-feiras com a assinatura do

Dr. Russen Moreira Conrado

Cirurgião Plástico e psicoterapeuta CRM: 5255-CE

RQE Nº: 1777 – RQE Nº: 1811

 

 

 

 

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