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Peso da perda

Na balança do nosso psiquismo, qual o peso da perda, quando imaginamos o tempo, o tipo, a situação presente, as pessoas que nos rodeiam, o frondoso valor da ação e da vida que requer nossa reação? Na gangorra da existência, um lado deseja tranquilidade, aceitação e ressignificação; e o outro, representa o peso do que não conseguimos decifrar, triturar, entender e acatar. Mesmo assim, sabendo que tudo passa e tudo tem seu fim, carecemos continuar (a vida impõe essa necessidade). Experiência, conhecimento, resiliência, espiritualidade e o exemplo estampado na imaginação e no viver são factiveis de ajudar nesse processo de achar a resposta, que palpita e bate, no espírito e na alma. O tempo cura; precisamos, porém, procurar aquilo que toca o coração, e que refaz solução e calma.

A perda traz uma dor única, indescritível e excepcional; que esse amargor se transforme numa energia que tenha capacidade de se redimensionar; numa saudade que seja um alicerce da superação; numa sensação que não seja tão penosa ou custosa, e que nos ofereça a bússola da suplantação e da resolução. Filosofando o peso do tormento da perda, lembro-me de uma reflexão de Shakespeare quando disse: “todo mundo é capaz de dominar uma dor; exceto quem a sente”. A dor da perda tem a habilidade de escancarar a porta da velhice, ou de vedar o redemoinho e encruzilhada dos sonhos – desde que não a consigamos controlar.

Há dias que esse peso parece ser mais pesado. Há ditames nessa situação que requerem laboriosas reações. Por que adias a solução que mexe na sua mente? Por que adotas uma medida de fuga da resolução? Na realidade, a perda insistente”mente” nos manipula e nos posiciona na relva da fragilidade e da incapacidade. Cito aqui, entretanto, uma estrofe de amor que se manifesta num livro bíblico acalentando a dor de quem sofre o efeito lancinante da perda – “quando sou fraco, então é que sou forte”; e acrescento uma outra reflexão do meu passado de pensador, no texto “Sol da noite”, que fala dessa força diferente, desigual, relevante e onipotente que se esconde dentro da gente, e que deve se manifestar quando a dor da perda nos ataca. Que sejamos nós, contudo, com tudo, fineza e leveza, da resposta e da saída. O preço da perda é caro; mesmo na riqueza/pobreza do penar, e também, na firmeza e fortaleza do saber e do pensar.

 

Coluna Momento de Reflexão é publicada

as segundas-feiras com a assinatura do

Dr. Russen Moreira Conrado

Cirurgião Plástico e psicoterapeuta CRM: 5255-CE

RQE Nº: 1777 – RQE Nº: 1811

 

 

 

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