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Psiquê Reanimada Pelo Beijo do Amor

No Museu do Louvre-Paris, na Ala Denon – Galeria Michelângelo, encantando os turistas do mundo inteiro e eternizando o amor de Eros e Psiquê, uma belíssima obra de arte de Antonio Canova (1757-1822) intitulada: “Psyché ranimée par le baiser de l’Amour” (1793). Este escultor italiano retratou no mármore um jovem alado “l’Amour” pousando em uma rocha, onde uma jovem jaz inconsciente. Ele é o deus Amor – ou Cupido em latim – reconhecível por suas asas e sua aljava cheia de flechas; ela é Psiquê, uma bela mortal. Este momento, capturado por Canova, é quando o Amor abraça Psiquê com ternura, endireita-a e aproxima seu rosto do rosto de sua amada. Psiquê suavemente se deixa retroceder e, com um gesto lânguido, enlaça o seu amado.

Canova se inspirou em uma lenda relatada pelo escritor e filósofo romano Apuleio (124-170) em suas Metamorfoses que nos conta a reunião dos deuses para conceder ao deus Amor a mão de Psiquê, dando assim à jovem a imortalidade e o status de deusa da alma. Psiquê era uma bela mortal por quem Eros (cupido), o deus do amor, ficou perdidamente apaixonado. Sua paixão despertou a fúria de sua mãe, Afrodite, deusa da beleza, que mandou seu filho atingir Psiquê com suas flechas, fazendo-a se apaixonar por um ser monstruoso.

Porém, ao contrário do esperado, Eros acabou se apaixonando por Psiquê. Depois de perder a confiança de Eros, por ter seguido os conselhos de suas irmãs invejosas, Psiquê vai reconquistá-lo. Para isto, ela enfrenta quatro trabalhos que Afrodite lhe dá. No final, Psiquê cai em sono profundo e Eros vai despertá-la com um beijo. Implorando a intervenção de Zeus, Eros consegue que Afrodite aceite o seu amor. O deus Hermes leva Psiquê à “Assembleia Celestial” e ela se torna imortal. Finalmente, Psiquê se une a Eros e o fruto do amor foi uma filha, chamada de Prazer.

Em grego “psiquê” significa tanto “borboleta” como “alma”. A borboleta é uma alegoria a imortalidade da alma, que depois de uma vida rastejante como lagarta torna-se um belo aspecto da primavera.

 

 

Autora: Dra. Ana Margarida Arruda
Rosemberg, médica CRM 1782-CE, historiadora, imortal da Academia
Cearense de Medicina e Conselheira do Jornal do Médico.

 

 

 

 

 

 

 

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